Alexis Sánchez finalmente estreou pelo Manchester United. Uma questão envolvendo o atacante chileno, de maneira inevitável, está no número que ele carrega às costas. A camisa 7 dos red devils carrega um peso insigne, comparável a camisas 10 do Santos ou do Boca Juniors, por exemplo.
Alexis sabe da responsabilidade que carrega. O próprio citou nomes como Cantona, Beckham e Cristiano Ronaldo ao referir-se ao sétimo número do uniforme vermelho de Manchester. Pois o que vem à tona é se, ao final de sua trajetória pelo clube mais vencedor da terra da Rainha, ele estará no seleto grupo em que estão os nomes por ele citado. Mas pode acontecer o contrário e figurar em uma lista nada honrosa, de jogadores que não se utilizaram bem do manto número 7.
Entre os mais recentes donos da camisa, certamente quem fez Alexis brilhar os olhos ao imaginar-se com tal número, o bad boy Eric Cantona, recheado de polêmica e bola no pé. Seu herdeiro, David Beckham, era, literalmente, muito mais do que um rostinho bonito. Depois dele, Cristiano Ronaldo. Chegou como promessa, saiu como realidade – talvez a maior que já passou por lá. Mas, desde então, o místico manto passou a não ser mais tão honrado.
Michael Owen foi o encarregado de ocupar a camisa após CR7. Mas o "Golden Boy" viu as lesões serem um grande obstáculo. Antonio Valencia, já jogador do clube há alguns anos, trocou de número assim que Owen foi embora. Durou apenas uma temporada. Mesmo assim, não consideremos um fracasso. Ao contrário de Ángel Di María. Cercado de expectativas, teve péssimo desempenho e rumou ao bilionário PSG após um ano em solo inglês.
Por último, mas não menos melancólico, Memphis Depay. Teve até bom início na equipe. Serviu para nutrir esperanças de que a camisa 7 finalmente voltaria a ser bem representada. Mas não durou muito. Seu futebol caiu. E já nas mãos de José Mourinho, perdeu espaço, sendo negociado com o Lyon em 2017. Desde então, o número passou a estar vago, solitário, à procura de um novo dono. Em 2018, o novo herdeiro finalmente chegou. Alexis Sánchez passa a fazer parte de um dos times de maior história no futebol e, para colocar mais pressão e expectativa em sua performance, com a camisa mais significativa do clube. A partir de agora, o tempo dirá se o chileno estará no grupo dos que serão lembrados para sempre ou dos que querem ser esquecidos o quanto antes pelo exigente torcedor do lado vermelho de Manchester.