Mesmo sem levantar a voz, as palavras foram firmes. Felipe Conceição foi apresentado como novo técnico do Botafogo e mostrou confiança no próprio taco e no elenco que tem à disposição. Antes auxiliar permanente, ele assinou contrato até 2020, e concedeu entrevista coletiva ao lado da nova cúpula do departamento de futebol alvinegro. Mas o foco das atenções foi o novo dono da área técnica.
– Hora certa e momento certo para virar treinador do clube, que já vem com uma ideia de ter uma maior utilização dos jovens. Estou preparado. São Gonçalo Esporte Clube, onde comecei, fomos campeões em 2013. Aqui, estou na hora certa e no momento certo – afirmou o treinador de 38 anos.
O novo comandante sabe que o time perdeu jogadores importantes como Victor Luís, Bruno Silva e Roger, mas mostra confiança no grupo que terá em mãos. Há reforços para chegar, dois já foram oficializados, mas nada desanima o treinador.
– Não tem posição carente. Tenho um grupo, que acabou de treinar, que é muito bom. Atletas magníficos, um grupo magnífico. Estou muito feliz. Quem vier é para reforçar. São jovens, o processo não é de um dia par ao outro. O pedido meu para a torcida é que tenham paciência. São todos meninos com potencial e que darão muito para o clube, esportiva e financeiramente – avisa.
Ao lado de Felipe estavam Anderson Barros, novo gerente de futebol; Nelson Mufarrej, presidente que toma posse esta noite, Carlos Eduardo Pereira, que deixa a presidência e passa a ser vice-geral; e Gustavo Noronha, antes diretor jurídico do departamento de futebol, e agora vice da pasta. Todos se apresentaram e pareceram querer dar sequência ao que vem sendo feito.
– Temos que respeitar o que vem sendo feito. Faço questão de frisar o que fizemos com Jair e Ricardo Gomes. Tenho minhas convicções, mas vamos buscar evoluir – ressaltou Felipe Conceição, analisando a linha contínua de trabalho também dos dois últimos treinadores da equipe principal.
História
Antes Felipe Tigrão, o novo técnico do Botafogo foi revelado nas categorias de base do Alvinegro nos anos 1990. Teve uma carreira marcada por lesões, mas a identificação com a Estrela Solitária é inegável.
– Sensação magnífica. Foi o clube em que eu assinei a primeira carteira de trabalho como atleta e, agora, como treinador também. A alegria é enorme. A entrega será enorme. Se os atletas pegarem um pouquinho da energia que está dentro de mim já está bom – finalizou.