
O San Francisco 49ers investiu uma escolha de segunda rodada antes do fechamento da janela de trocas da NFL para adquirir o quarterback Jimmy Garoppolo junto ao New England Patriots. Depois de algum tempo na reserva para conhecer o playbook, o jovem fez três jogos como titular. Ganhou todos — o primeiro quarterback a vencer seus três primeiros jogos como titular do 49ers desde Y.A. Tittle, entre 1951 e 1952 — e teve um rendimento individual promissor.
A questão agora passa a ser como o 49ers fará para manter o jogador, já que o seu contrato de calouro termina ao fim da temporada. Por isso, o Prime Time apresenta as opções para o time da Califórnia.
Extensão de longo prazo
A opção mais natural, considerando o espaço no teto salarial que o San Francisco 49ers tem, é fechar logo um contrato grande. Para efeito de comparação, Brock Osweiler assinou com o Houston Texans em 2016 por US$ 72 milhões em quatro anos, com US$ 37 milhões garantidos. Considerando a inflação do mercado, é provável que Garoppolo consiga um valor ainda maior. Algo entre US$ 85 milhões e US$ 96 milhões em quatro anos, com cerca de US$ 50 milhões em garantias. A vantagem para o 49ers é que a assinatura pode ser feita antes de 14 de março, quando o mercado de 2018 se abre, e Garoppolo se torna um agente livre de fato.
Extensão de curto prazo
Uma alternativa mais conservadora em um primeiro momento é assinar um contrato mais curto, com a ideia de estender o período de testes para Garoppolo. Sam Bradford assinou com o Philadelphia Eagles, antes de ser trocado para o Minnesota Vikings, um contrato de dois anos e US$ 36 milhões. Garoppolo custaria mais, em torno de US$ 50 milhões para aceitar um vínculo deste tipo, com garantias em torno de US$ 25 milhões.
Franchise tag
Uma alternativa fácil para caso não haja acordo entre as partes é aplicar a franchise tag — um mecanismo que estende o contrato automaticamente por um ano, e o salário é calculado com base nas médias dos cinco maiores salários da posição nos últimos cinco anos. Neste modelo, o 49ers ganharia um tempo extra para avaliar o jogador e eventualmente negociar um novo vínculo. São duas alternativas: a franchise tag não-exclusiva — outro time pode fazer uma proposta, e o 49ers teria um tempo para igualar a proposta ou receber duas escolhas de primeira rodada como compensação — ou a franchise tag exclusiva — em que nenhum outro time pode fazer propostas pelo jogador. A expectativa é que a franchise tag em 2018 seja de aproximadamente US$ 23,5 milhões.
Transition tag
Outra alternativa simples é a transition tag. Um pouco mais barata do que a franchise tag, deve custar cerca de US$ 20 milhões ao 49ers por um ano. Se algum outro time fizer proposta por Garoppolo, o 49ers tem a chance de igualar — ou perde o jogador sem qualquer compensação. Seria uma forma de deixar o mercado ditar o preço do quarterback.
Sem renovação
Uma alternativa menos provável é o 49ers entender que Garoppolo não é o futuro do time. Neste caso, o 49ers simplesmente deixaria Garoppolo sair e buscar um novo time no mercado. Pelos valores estimados para um novo contrato de Garoppolo em outra equipe, o time de San Francisco receberia uma escolha compensatória de terceira rodada no draft de 2019. Além disso, teria espaço no teto salarial para buscar uma alternativa — como por exemplo Kirk Cousins, que era visto como o principal alvo do time até a troca por Garoppolo.