Dez presos na Operação Limpidus, desencadeada no Rio de Janeiro, tiveram a liberdade concedida por determinação judicial. Eles tinham sido presos na segunda-feira (11). A investigação, da Polícia Civil e do Ministério Público, apura o repasse de ingressos de jogos de futebol às torcidas organizadas.
O juiz Bruno Ruliere, do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos, entendeu que não é necessário manter a prisão preventiva de cinco funcionários do Fluminense, Flamengo e Vasco, de três empregados da empresa gaúcha Imply, responsável pela confecção dos ingressos, e de dois líderes de torcidas. Foram mantidas as prisões de quatro integrantes de torcidas organizadas.
Entre os beneficiados com a decisão estão Arthur Mahmoud, assessor de imprensa do Fluminense, e Alesson Galvão de Souza, presidente da Raça Fla. Também foram soltos os empregados da Imply, Leandro Schilling, Vinicius Carvalho e Monique Patrício dos Santos Gomes.
Na decisão o magistrado afirma que os funcionários da empresa "submetiam-se às decisões do clube", referindo-se ao Flamengo. O juiz diz ainda que não é possível afirmar, por enquanto, que eles tinham conhecimento dos crimes apontados na denúncia ou ligação com torcidas organizadas. O Ministério Público deverá recorrer da decisão.