Faltavam apenas três horas para a luta começar quando Fabrício Werdum recebeu a notícia de que não iria enfrentar o adversário original, Derrick Lewis, no UFC 216. A organização correu e ofereceu um lutador com estilo completamente diferente. Um canhoto e nocauteador nato — Walt Harris, que enfrentaria Mark Godbeer no card preliminar.
Numa rápida reunião com a equipe comanda por Rafael Cordeiro, o gaúcho topou a luta. Contudo, lamentou a atitude de Lewis:
— Eu acredito que ele já sabia da lesão nas costas. Não achei legal a atitude dele, eu poderia ter ficado sem luta e tendo que pagar os gastos dos treinamentos — afirmou, em entrevista ao GaúchaZH.
A decisão de encarar Walt Harris foi tomada em conjunto com a equipe liderada pelo técnico Rafael Cordeiro.
— Três horas antes, me ofereceram um cara completamente diferente do treino que realizei. Um boxeador canhoto. Eu peguei a luta e fiz. Foi uma decisão difícil para a equipe tomar, mas traçamos uma estratégia correta. Levar para o chão, ficar por cima e finalizar. Dito e feito. Foi bem rápido — exaltou o gaúcho, que venceu por finalização com uma chave de braço no primeiro round.
Werdum ressalta que a entrada com o hino do Grêmio foi um combustível para o combate.
— Foi uma força grande. Recebi muitas mensagens, não só dos gremistas, dos colorados também. É muito legal, a galeta tem que ter a rivalidade, nunca vai acabar. É saudável, é legal de ter a rivalidade da história do nosso estado. Mas, quando é um representante gaúcho, a galera se une. Gremistas e colorados assistindo à luta juntos em casa. Estou muito feliz. Quero em breve estar em Porto Alegre — concluiu.
Com o resultado, Werdum chegou a 22 vitórias, sete derrotas e um empate na carreira.