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O Ministério Público Federal (MPF) pediu nesta segunda-feira a prisão preventiva do presidente afastado do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) Carlos Arthur Nuzman. A informação é do site G1.
Preso desde quinta-feira, Nuzman está no regime de prisão temporária, de cinco dias, que se encerraria nesta segunda-feira. O dirigente afastado é suspeito de participar na suposta compra de votos para a escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
O pedido é analisado pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, que também avalia a prisão preventiva de Leonardo Gryner, braço-direito de Nuzman e ex-diretor do COB e do Comitê Rio 2016. Se aceito, o pedido deixará Nuzman e Gryner presos por tempo indeterminado.
Agentes da Polícia Federal (PF) e MPF cumpriram na quinta-feira o mandado contra Nuzman em desdobramento da Operação Unfair Play — Segundo Tempo, um desdobramento da Lava-Jato. De acordo com o MPF, a prisão de Nuzman é decorrente de uma tentativa de ocultação de provas após a polícia ter cumprido mandado de busca e apreensão na residência do presidente do COB, em setembro.
O decorrer das investigações mostrou que Carlos Arthur Nuzman ampliou em 457% seu patrimônio nos últimos dez anos. Porém, a declaração de seus rendimentos não está indicada de forma clara.
Durante cumprimento de mandato de busca e apreensão ocorrido em setembro, foi achada uma chave de banco suíço. Além disto, Nuzman declarou, por meio da Retificação Federal, que detinha 16 barras de ouro (cada uma, com peso de um quilo) no exterior. O valor de todas as barras soma R$ 2.072.960,00.