De acordo com a Folha de S. Paulo, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman tinha, em sua conta bancária, um terço dos R$ 480 mil encontrados em sua casa - em cinco moedas diferentes - na última terça-feira durante a operação Unfair Play, que investiga o suposto pagamento de US$ 2 milhões para o senegalês Lamine Diack dias antes da eleição do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
Em suas cinco contas bancária, o Banco Central informou à Justiça Federal, nesta quarta, que Nuzman tem R$ 148,3 mil. O presidente teve suas contas bloqueadas e é acusado de ser o elo entre o esquema de corrupção do governo de Sérgio Cabral e os membros do COI.
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De acordo com a Procuradoria, a propina do senegalês foi debitada pelo empresário Arthur César de Menezes, conhecido como Rei Arthur. O empresário tinha mais de R$ 3 bilhões em contratos com o Estado. Segundo o relatório da Coaf, entre 2014 e 2015, foram realizados saques nas contas do COB, somando R$ 1,4 milhão.
O congelamento dos bens de Nuzman e outros suspeitos foi um pedido do Ministério Público Federal, a fim de garantir o pagamento de danos morais coletivos em caso de condenação dos réus. A empresa do cartola NZ Palestra, não teve bens bloqueados.
O Banco Central afirmou que R$ 33, 1 milhões foram bloqueados na operação. Quase todos os recursos foram encontrados em nomes de companhias ligadas à Menezes.
*Lancepress