O Cruzeiro é campeão da Copa do Brasil. Em uma final monótona, o time de Mano Menezes bateu o Flamengo nos pênaltis por 5 a 3, após empate em 0 a 0 no tempo normal, e conquistou seu quinto título da competição – se igualando ao Grêmio como o maior campeão do torneio.
A promessa, depois do 1 a 1 na primeira partida, era de um jogo quente no Mineirão. Mas não foi isso o que se viu em Belo Horizonte, apesar do início promissor: Guerrero acertou o travessão de Fábio aos seis minutos, em bela cobrança de falta. Depois, Thiago Neves perdeu grande chance aos 14, livre na grande área, chutando por cima do gol de Alex Muralha.
E foi só o que o jogo apresentou no primeiro tempo. Com dois times talhados para o contra-ataque, a decisão teve poucos lances de perigo no ataque, e os dois goleiros tiveram o privilégio de acompanhar tudo do conforto das suas áreas sem ser muito perturbados pelos adversários.
A falta de alternativas desanimou até mesmo as duas torcidas, que encheram o Mineirão e fizeram uma bonita festa antes da bola rolar. O panorama se repetiu no segundo tempo: o Cruzeiro até tentou adiantar sua marcação, mas não conseguiu transformar a pressão em chances de gol. Quem chegou com certo perigo foi o time carioca, com Diego, em chute de fora da área, para defesa tranquila de Fábio.
A oportunidade mais clara do Cruzeiro na final chegou aos 32 minutos, em um lance esquisito. Após cruzamento da esquerda, Alex Muralha errou a tentativa de corte e espalmou a bola no rosto de Arrascaeta, no susto. Mas a conclusão foi para fora.
Com tanta deficiência ofensiva de parte a parte, o título só poderia ser decidido nos pênaltis. Melhor para o Cruzeiro: com todas as suas cobranças certas – e vendo Alex Muralha, muito contestado pela torcida e pela imprensa carioca antes do jogo, acertando o lado de apenas um chute –, os mineiros tiveram Fábio como herói, ao defender a cobrança de Diego. Thiago Neves acertou a penalidade decisiva e deu a senha para a festa em azul e branco em todo o Brasil pelo título da Copa.