A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (18) a Operação Havana, que investiga supostos desvios de verbas do Ministério do Esporte destinadas para o Bolsa Atleta – programa de investimento em atletas de alta performance ou jovens em desenvolvimento.
Os policiais cumpriram seis mandados de busca e apreensão e seis mandados de condução coercitiva determinados pela 10ª Vara de Justiça Federal no Distrito Federal.
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Durante o ano de 2012, a quadrilha teria criado 25 atletas fantasmas – alguns inclusive classificados como atletas olímpicos ou de alto rendimento. Segundo a PF, os desvios chegam a R$ 810 mil – mais de R$ 1 milhão em valores atualizados. O líder e outros membros da quadrilha seriam cubanos naturalizados brasileiros – por isso o nome da operação.
No fim da manhã, o Ministério do Esporte divulgou uma nota e afirmou que as investigações partiram de uma denúncia do próprio órgão, que identificou possíveis irregularidades em uma apuração interna.
Confira a nota do Ministério do Esporte:
"A investigação da Polícia Federal sobre desvios no programa Bolsa Atleta partiu de denúncia do próprio Ministério do Esporte. Em 2012, a coordenação do Bolsa Atleta à época identificou possível fraude no programa e instaurou uma apuração interna. Após a conclusão do processo administrativo, a denúncia foi encaminhada à Polícia Federal e resultou na operação “Havana”, deflagrada nesta sexta-feira (18/08). O Ministério do Esporte reitera a importância do programa Bolsa Atleta, que desde 2005 apoiou 23 mil atletas, com resultados expressivos como os obtidos nos Jogos Rio 2016, quando 77% da delegação olímpica e 90,9% da paralímpica eram integradas por bolsistas. Dezoito das 19 medalhas olímpicas no Rio de Janeiro e todas as 72 paralímpicas foram conquistadas por atletas bolsistas."