O fim da parceria entre o Grupo Águia, avalizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) em junho recolocou o craque Falcão, 40 anos, na seleção brasileira.
Após anunciar sua aposentadoria da amarelinha em março, o ala anunciou que está à disposição do novo treinador, Marquinhos Xavier.
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Durante coletiva de imprensa na nova subsede da CBFS, em Alphaville (SP), o camisa 12 explicou o motivos que o levaram a anunciar o fim de um casamento de 20 anos com a amarelinha.
– No começo do ano, com a gestão que estava, eu fui procurado e falaram que era um momento de renovação. Eu entendi, foram super homens e respeitosos comigo, não precisariam estar prestando contas em relação a isso. Assim eu anunciei a minha pré- despedida em março.
A Seleção brasileira de futsal foi gerida durante seis meses pela CBF devido ao seus problemas financeiros. As seleções de base seguiram sob tutela da CBFS.
Com a retomada no final de junho, Falcão foi novamente procurado. Dessa vez, pediu-se para que ele permanecesse.
– A atual gestão me procurou, falou da importância em continuar tendo o Falcão, dentro de todas as necessidades do treinador e comissão técnica – afirmou o craque.
O retorno do jogador no Magnus Futsal, porém, não se restringirá ás quadras. O presidente da CBFS, Marcos Madeira, anunciou que o maior artilheiro da história dos Mundiais é o novo embaixador de relações institucionais da entidade.
– Eu sou meio metido a marqueteiro, a negociante e eu queria passar essa minha experiência e ajudar a confederação. Não decido nada, apenas participo das decisões, das reuniões com patrocinadores, indico patrocinadores e isso já tem surtido um resultado muito bacana – revelou o bicampeão mundial de futsal.
Apesar da dupla função, Falcão deixa claro que isso não o garante na Seleção Brasileira. Aos 40 anos, o veterano afirma que está a disposição para ajudar, mas a convocação depende da vontade da comissão técnica, também divulgada nesta tarde.
– Se vão me convocar ou não, não é uma regra nem ordem. Se eu vou jogar muito ou pouco, isso não me importa, o que eu quero é ajudar a Seleção de alguma forma – disse.
Vendo a carreira como atleta como algo com "prazo de validade", o camisa 12 acredita que, atualmente, possa ser mais decisivo fora das quadro linhas.
– Hoje eu vejo a minha importância muito mais aqui do lado de fora das quadras.
Ainda tentando superar os problemas financeiros de anos atrás, a CBFS vem com um discurso de transparência e mudança para o novo ciclo que se encerra na Copa do Mundo 2020. Vendo este novo momento como importante para o sucesso da Seleção, Falcão vê o fracasso na edição de 2016 como resultado de uma gestão ruim. Na ocasião, o Brasil foi eliminado nas oitavas de final pelo Irã nos pênaltis.
– O resultado da última Copa do Mundo foi o que combinava com a atual gestão – disse.
De acordo com o supervisor da seleção principal, Reinaldo Simões, a meta é que, por ano, o time tenha uma média de cinco competições. Todas as datas Fifa também foram asseguradas. Nos próximos dias, o calendário até 2020 deve ser divulgado.
*LANCEPRESS