Realizada neste domingo, a nona etapa da Volta da França, de montanha, entre Nantua a Chambéry (181,5km) manteve o histórica das etapas anteriores, com muitas emoções, acidentes envolvendo ciclistas do top 10 e, repetindo o que ocorreu na sexta etapa, uma chegada decidida apenas no photo finish.
O colombiano Rigoberto Urán liderou boa parte da prova e iniciou o sprint final, mas Warren Barguil deu uma última arrancada nos 100 metros finais, colou no colombiano na linha de chegada e chegou a festejar a vitória. Porém a foto mostrou uma diferença de meio centímetro para o colombiano. O líder da classificação, o britânico Chris Froome (Sky), chegou em terceiro lugar e ampliou a sua vantagem para a concorrência.
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Em relação aos acidentes, o mais grave envolveu ciclistas que estavam nos cinco primeiros lugares da classificação. O australiano Richie Porte (BMC), já nos 25km finais buscava a liderança da prova, quando perdeu o controle da sua bicicleta, bateu num barranco e foi atropelado por Daniel Martin, irlândes da Quick Steps.
Porte (que era o 5 colocado geral) seguiu direto para um hospital para avaliação de suas lesões e está fora desta edição da Volta da França. Martin (então o quarto colocado) teve de abandonar a etapa, mas não teve ferimentos graves e seguirá na Volta.
A etapa era muito esperada, pois seria a primeira que poderia trazer mudanças relevantes na classificação geral, já que os ponteiros chegariam na frente. E ocorreram muitos problemas além dos acidentes. O vice-líder Geraint Thomas (Sky) teve de abandonar a etapa, o mesmo concorrendo com um dos principais velocistas (que não brigam pelo título, mas pela pontuação e a camisa verde) o holandês Robert Gesink (Lotto).
Além disso, o líder Chris Froome teve de trocar de bicicleta logo na subida de Mont Chat, a montanha mais dura da etapa, o espanhol Alberto Contador (Trek) teve problemas físicos que o deixaram muito para trás e até o vencedor Rigoberto Urán por pouco não abandonou a prova, pois também estava próximo do acidente entre Porte e Martin.
– No tombo, o Martin se chocou comigo e o meu câmbio quebrou. Tive muito trabalho para me manter – disse Urán, que na última subida da prova precisou usar uma marcha que não era a ideal por causa desse problema e teve de fazer um esforço extra que, na reta final, por pouco não lhe custou a vitória.
Com os vários problemas dos pilotos do top 10, ocorreram alterações. O novo vice-líder é o italiano Fabio Aru, da Astana, 18 segundos atrás de Froome, que acabou sendo o grande vencedor do dia, já que a diferença para os concorrentes a partir do terceiro lugar pulou de 14 segundos para acima de 50s. Romain Bardet (francês da Ag2r) pulou de sétimo para terceiro (+51s) e o grande rival de Froome, o colombiano Nairo Quintana (Movistar), está em oitavo, mas já com 2m13s de distância.
*LANCEPRESS