Sim, foi muito difícil dormir. Neste ano de 2017 eu e vários xavantes acompanhamos muitas atuações deficientes do Brasil, desde o Gauchão. Mas quem acompanha a coluna sabe que nunca preguei mudanças radicais, sempre acreditando na capacidade de quem ajudou decisivamente a colocar o clube em um patamar de destaque nacional desde 2016.
Nesta terça (13) acompanhei o jogo contra o Luverdense com um misto de tristeza e indignação. Me permito hoje não comentar a dura goleada de 4x0. O momento impõe analisar mais do que isso. Me refiro a desempenho, sobretudo nestes últimos 05 meses. Falo em escolhas equivocadas de jogadores que têm atuado mais pelos critérios de "folha corrida" e "serviços prestados" do que pelo critério técnico. Futebol é momento.
Leia mais:
Brasil-Pel é goleado na Arena Pantanal pelo Luverdense
Inter falha na bola aérea, cede empate ao América-MG e deixa G-4
"Fomos cirúrgicos", diz o técnico do Juventude
E o momento não é bom para Eder Sciola, Leandro Leite e Marlon. Deveriam dar um tempo. Deveriam ser preservados. Deveriam ser recondicionados. A direção colocou substitutos que podem e devem ser testados. Até para sabermos se podemos contar com eles ou não. Marlon fez um ano muito bom em 2016, mas não vem bem em 2017. Breno foi contratado para que? Leandro Leite sabidamente não vem bem. Itaqui foi contratado para que? Quanto a lateral direita, temos um problema sério. Nem Sciola nem Wender têm se mostrado suficientes.
Perdemos o meio campo em praticamente todos os jogos. Por que? porque Leandro Leite e João Afonso estão jogando pouco, porque Wagner está dispersivo na articulação, porque Nem quando joga não deslancha e porque daí para frente só temos atacantes (Rafinha, Bruno Lopes, Elias, Lincolm, Rodrigo Silva, Papa). Não temos um time equilibrado. Não temos um meio campo que troque passes, não temos triangulações, não temos tabelas, deslocamentos. Nosso repertório é pobre e previsível.
Técnicos e jogadores adversários, não raro, referem o Brasil como "o time que explora a bola parada e a bola aérea". É hora de trocar o comando técnico. Isto é muito normal em futebol. Os metais fadigam. Isto não significa falta de capacidade, longe disso. São ciclos que terminam. Que Rogério Zimmermann consiga retomar sua carreira de sucesso em outras paragens. É do futebol. E quem sabe volte mais uma vez. O momento é para cirurgia, sim. Urgente!