A Federação Internacional de Natação (Fina) enviou um comunicado para a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) na última quinta-feira em que condiciona o reconhecimento do resultado da eleição da entidade nacional, com a vitória do paulista Miguel Cagnoni, a uma mudança em seu estatuto.
E disse que todos os atletas da delegação brasileira poderão representar o país no Mundial de Budapeste (HUN), em julho.
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O mandatário da CBDA encontrou-se esta semana com o presidente da Fina, Julio Maglione, em Trinidad & Tobago, durante evento da UANA (União Americana de Nataçao). O diretor-executivo da Federação Internacional, Cornel Marculescu, endereçou uma mensagem à Confederação Brasileira.
A Fina não reconheceu formalmente a vitória de Cagnoni devido à forma como o processo eleitoral foi conduzido, sem respeitar o regulamento da própria CBDA e da Fina, que é o órgão máximo dos esportes aquáticos no planeta.
O imbróglio ocorreu porque a gestão anterior da entidade brasileira, presidida por Coaracy Nunes durante 29 anos, foi afastada pela Justiça no decorrer da Operação Águas Claras, da Polícia Federal, que investiga desvios de R$ 40 milhões.
Com a nomeação de um interventor, o advogado Gustavo Licks, a eleição não passou pelo crivo do órgão mundial. Membros do Comitê Executivo da Fina, inclusive, mantêm boa relação com o ex-presidente afastado.
*LANCEPRESS