O Atlético de Madri vai buscar a virada contra o rival Real Madrid, nesta quarta-feira, pela partida de volta das semifinais da Liga dos Campeões, depois de sofrer derrota por 3 a 0 no Santiago Bernabéu.
– Na quarta-feira temos, um jogo muito difícil. Para muitos, é até mesmo impossível, mas para nós não – afirmou o argentino Diego Simeone no sábado, para motivar o time e a torcida que vai lotar o Vicente Calderón.
O treinador revelou, após a derrota no jogo de ida, que alguns jogadores não acreditavam na virada. Mas há alguns dias, uma faixa exposta nos treinos convoca os jogadores a darem o máximo pela vaga na decisão em Cardiff.
A partida tem requintes de despedida, já que é o último jogo em competições europeias do Vicente Calderón. O Atlético vai passar a disputar suas partidas no Wanda Metropolitano a partir da próxima temporada, um fôlego a mais para buscar a difícil "remontada".
– Falta uma grande 'remontada' para este grupo e esperamos que seja nesta quarta-feira – afirmou o capitão Gabi, que garantiu que "vamos lutar e, se não conseguirmos, sairemos com a cabeça em pé".
Os Colchoneros sabem que vai ser um jogo complicado, já que o adversário marcou pelo menos um gol nos últimos 60 jogos. O Real está a um passo de igualar a marca de 61 jogos consecutivos balançando as redes, marca do Bayern de Munique, entre 2013 e 2014.
Mas as estatísticas também falam a favor do Atlético. O time tem a força do Calderón, que se transformou a fortaleza onde os madrilenhos venceram 29 dos últimos 35 duelos em competições europeias. Os atleticanos querem evitar mais uma derrota para o vilão das últimas três temporada da Liga dos Campeões. Os merengues nunca sofreram uma virada desta magnitude na Champions.
O time comandado pelo francês Zinedine Zidane não só venceu as finais de 2016 e 2014 contra o Atlético, como também eliminou os rivais da capital espanhola nas quartas de final de 2015. Para tentar quebrar a sequência e se livrar da pedra no sapato, Simeone não tem desfalques e vai poder contar inclusive com o lateral direito Juanfran Torres, que ficou de fora no jogo de ida e fez falta para marcar os avanços do lateral esquerdo brasileiro Marcelo.