A Chapecoense virou a chave do turno para o returno do Campeonato Catarinense. Se na primeira metade da competição o time não chegava a passar toda a confiança que a torcida gostaria de ter, os últimos jogos deixaram claro que o Verdão está com tudo e surge como favorito para conquistar o Estadual. Mas não há mistérios: o fator determinante para que isso acontecesse está no tempo que o time precisou para se entrosar, dentro e fora das quatro linhas.
– O que mudou foi o nosso entrosamento, a cumplicidade entre os jogadores, não só dentro de campo, mas fora também. Pudemos nos tornar amigos. Isso conta também dentro de campo. A partir do momento que você sai com um amigo, faz churrasco na casa de outro, você vai criando laços, vínculos mais importantes do que aqueles que se faz só dentro do clube. Além de tudo isso, tivemos tempo juntos. Tempo para cada um conhecer o outro, saber o ponto forte e poder jogar com as qualidades de cada companheiro – destacou o atacante Túlio de Melo.
Na final do Estadual, a Chape vai enfrentar o Avaí. A primeira partida será disputada em 30 de abril na Ressacada. O confronto da volta será em 7 de maio na Arena Condá. Por ter a melhor campanha, a Chapecoense conquistou o direito de fazer a final diante de sua torcida. Para o atacante - autor do segundo gol na vitória por 2 a 0 sobre o Joinville no sábado -, isso pode fazer a diferença para o clube que vai em busca do bicampeonato.
- O fator casa sempre foi grande influenciador nos jogos da Chapecoense. Todos os times que vêm jogar aqui vêm com certa apreensão. O nosso torcedor nos apoiando faz uma grande diferença. O estádio se torna um caldeirão verde. Temos que usar essa força que temos nos jogos em casa, em todas as competições - frisou.
Os números da Chape no Catarinense credenciam o clube como favorito ao título. O time comandado por Vagner Mancini tem o melhor ataque até o momento, com 36 gols marcados (o Avaí tem o quatro melhor, com 27). A defesa do Verdão também é a menos vazada: sofreu apenas 12 - dois a menos que o Leão. Para o atacante, tudo isso só foi possível de se conquistar por causa da humildade do grupo.
- Todos aceitam que o mais importante é o grupo, o coletivo. Não tem briga de egos. Não cabe isso aqui. E que bom que todos que estão aqui se adaptaram a essa maneira de ser da Chapecoense - enalteceu.
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