Seu reino por uma semifinal: Craig Shakespeare refez do Leicester uma formação de combate digna de um campeão inglês. Mas será isso suficiente para derrubar o forte Atlético de Madri dnas quartas de final da Liga dos Campeões, nesta quarta-feira na capital espanhola?
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Havia algo de podre no Leicester antes de 23 de fevereiro. Claudio Ranieri não parecia mais ter o respeito de seus jogadores e os campeões ingleses, na 17ª colocação da Premier League, flertavam perigosamente com o rebaixamento.
Passado o drama da saída do treinador italiano, adorado pelos torcedores, os dirigentes deram as rédeas dos Foxes a Shakespeare, assistente-técnico há 10 anos no clube e preferido pelos jogadores. E ele não inventou, voltando a apostar no básico.
– Neste momento, as coisas vão melhor do que eu imaginava, melhor do que nos meus sonhos – admitiu Shakespeare no início deste mês.
Adeus às mudanças sofisticadas, à tentativa de colocar Mahrez como meia ou Gray como atacante, à defesa com três zagueiros, aos novos esquemas de Ranieri. A nova ordem é conhecida e confiável: pressão na saída de bola, aposta nos contra-ataques, o imortal 4-4-2, um meio de campo combativo e os gols de Vardy.
Resultado: cinco vitórias consecutivas no Campeonato Inglês, uma escalada espetacular para a 11ª colocação na tabela e uma vitória contundente sobre o Sevilla (2-0) na partida de volta das oitavas de final da Liga dos Campeões.
Do outro lado, também há confiança. Desde a derrota para o Barcelona, em fevereiro, os Colchoneros emendaram oito jogos sem derrota (com seis vitórias) em todas as competições. Na última partida, um empate (1-1) com o arquirrival Real Madrid, graças a um gol de Antoine Griezmann nos minutos finais.
– Todas as partidas (das quartas de final) se apresentam como belos jogos, difíceis de se disputar – analisou o atacante francês. – No nosso caso, não será uma partida bela de se ver para quem assistir pela televisão. Mas será intensa.
A experiência certamente estará do lado do Atlético, finalista da Champions na temporada passada, derrotado pelo rival Real Madrid na decisão pela segunda vez em três anos.
– Não somos favoritos, não achamos isso – afirmou o lateral brasileiro do Atlético Filipe Luís, antes de mostrar um pouco mais de confiança: – Vai ser difícil para eles, porque sabemos como abordar essas quartas de final. Disputamos três nos últimos três anos, então estamos prontos.