Um dos mais emocionados com a vitória da Chapecoense por 2 a 0 diante do Joinville neste sábado, na Arena Condá era o presidente Plínio David De Nês Filho.
Ele havia feito um pedido especial para o grupo para que conquistassem o returno e a taça Sandro Pallaoro, em homenagem às vítimas do acidente aéreo da Colômbia. Por pouco o próprio Maninho, como é carinhosamente chamado, não estava no voo. Ele, o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon (PSB) e o deputado estadual Gelson Merísio viajariam no dia seguinte ao acidente, em virtude de outros compromissos. Por isso havia um sentimento de que a conquista da taça era uma forma de homenagar as vítimas.
- Tenho a sensação do dever cumprido, essa taça é uma forma de gratidão a todos que partiram e que ficaram na nossa lembrança - destacou De Nês.
Ele também agradeceu a torcida que tem sido importante nessa reconstrução do clube.
- Ela tem sido solidária, amiga e companheira de seu clube - destacou.
O presidente afirmou que agora o clube vai em busca do título catarinense e também de outras conquistas.
Afirmou que um dos objetivos é internacionalizar a marca da Chapecoense, que infelizmente se tornou conhecida no mundo inteiro após a tragédia com o avião da Lamia, que levava a delegação para a final da Copa Sul-Americana na Colômbia.
- Vamos trabalhar para levar a Chapecoense além fronteiras mas sem jamais nos afastarmos de suas tradições e suas origens - afirmou o presidente.
Plínio de Nês acompanhou o clube desde a sua fundação, em 1973. No início do clube seu pai, Plínio Arlindo De Nês, já era um colaborador e Maninho passou a integrar algumas diretorias. Se afastou em 96-97 por questões particulares e retomou em 2010. Ja colaborava como conselheiro e também como presidente do Conselho Deliberativo. Mas acabou assumindo a presidência após a tragédia.
Maninho reconheceu que o clube tem seus problemas mas que está trabalhando para resolver. Em relação às declarações de alguns familiares das vítimas, como do filho de Caio Jr, que criticou a "festa" do jogo contra o Atlético Medellín, pela Recopa, De Nês disse que respeita as opiniões e que prefere não comentá-las.