Considerado pelo adversário o "cérebro do time do Inter", o meia D'Alessandro não deve ter vida fácil nas finais do Gauchão. Nas entrevistas da semana no Estádio do Vale, os defensores do Novo Hamburgo prometem colar no argentino como carrapatos para anular as jogadas do time de Zago. No entanto, o técnico Beto Campos descarta uma marcação individual.
- É um jogador que ajuda o Inter com a sua movimentação mesmo sem a bola. É um jogador que não tem como dizer que vai parar fazendo uma marcação individual. Os outros também terão que ser marcados próximos. Temos que procurar dar o mínimo de espaço para ele e para toda a equipe do Inter - explica Beto.
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Mesmo sem ter um atleta especialmente destacado para cuidar a movimentação do argentino, os atletas de defesa prometem fazer uma marcação forte.
- O D'Alessandro é uma peça-chave (no time do Inter), pois a maioria das jogadas passa pelos pés dele. Ele tem um bom drible, uma boa visão de jogo e consegue colocar o companheiro fácil na cara no gol. Tem que grudar nele - alerta o lateral-direito Léo.
- Ele é praticamente o cérebro do time. Se der espaço, ele vai nos complicar - completa o lateral-esquerdo Assis.
Apesar de não haver marcação individual, o volante Amaral, pelo setor em que atua, deve ser o atleta do Novo Hamburgo que fará mais combates com o camisa 10 colorado.
- Tem que marcar perto e ter atenção redobrada, pois a qualquer momento ele pode decidir. Ele tem muita qualidade. Estamos trabalhando forte para que eu possa fazer uma boa marcação em cima dele - acredita Amaral.
Os atletas do Novo Hamburgo evitam polemizar, mas estão atentos a eventuais provocações e também aos diálogos de D'Alessandro com a arbitragem.
- Isso é uma característica dele. Ele fala bastante com a arbitragem. No jogo da primeira fase, não teve essa questão, mas gente sabe que tem provocações e se prepara para não cair nelas - completa Amaral.
- Ele vai em cima da arbitragem, mas isso com certeza não será um problema para nós - finaliza Assis.