Além da frustração pelo empate no Gre-Nal – resultado que havia previsto, mas sem gols –, confesso que outros fatores me deixaram atentos sobre a produção do Tricolor. Imagino que, assim como eu, todos os torcedores gremistas também saíram desapontados. Mesmo que num clássico como esse, em que o empate seria o resultado mais adequado (como foi), tínhamos aquela esperança de vitória, em face da maior qualidade da equipe de Renato Portaluppi.
Já disse e escrevi que sempre é difícil uma equipe de Série A vencer uma de Segunda Divisão, e o Inter foi brioso e teve qualidade nos gols que marcou. Por isso precisamos respeitar o adversário.
Mas a preocupação maior é a dificuldade que o time gremista vem enfrentando para buscar o melhor sistema, após as saídas de Douglas e Walace. Bolaños está ótimo, mas definitivamente não exerce a função de Douglas. A cabeça de área, especialmente sem Maicon, que fez muita falta, ficou desguarnecida – foi por ali que o Inter marcou seus gols. Urge que o técnico consiga organizar uma forma de atuar diferente daquela que tinha com Douglas.
Dificuldades na quinta
Não se trata nem de quais nomes serão escalados, mas a maneira como o time atuará. E, quinta-feira, na estreia da Libertadores, mesmo sem conhecer o adversário, estou prevendo muitas dificuldades ao Grêmio. Nessas horas deve prevalecer a inteligência de Renato, o profissionalismo dos atletas e a história do clube.
*Diário Gaúcho