Confesso que não entendi as manifestações pós-jogo, especialmente dos dois treinadores. Não vi o massacre relatado por Renato, muito menos vi qualquer outra chance de gol para o Inter depois dos dois gols. Reconheço que o Tricolor teve sempre a iniciativa do jogo, tentou atacar, mas foram tentativas infrutíferas, em face da colocação defensiva do adversário.
E nesse clássico, quero enfatizar que as virtudes dos atletas sobressaíram sobre os defeitos, embora esses também tenham acontecido. Os quatro gols foram jogadas muito bem armadas, de qualidade dos jogadores que participaram dos lances. Mas, também, como frisei, deu para se notar as carências de ambos os times.
Com relação ao Grêmio, não tenho nenhuma dúvida que sentiu a perda de toda a sua meia-cancha, o que desautoriza aqueles que dizem que é um time entrosado e que, por isso, teria que ter vantagem. Nenhuma equipe resiste a perder quatro jogadores.
E quase o mesmo vale para o Inter, que está mudando a fotografia em relação ao ano passado. No geral, foi uma partida bem jogada, com alguns destaques individuais dentro do contexto coletivo. Não vou fazer nenhum comentário sobre arbitragem porque tenho externado minha opinião em todos os espaços que possuo. E ela mais uma vez se confirmou.
Comemoração exagerada
No entanto, o que fiquei refletindo muito tempo após a partida foi a comemoração exagerada de D'Alessandro, declarando publicamente o que é desnecessário, sua condição de equipe de Série B. E reconheço que jogar contra time de Segunda Divisão sempre é muito difícil. Talvez por isso, a torcida gremista saiu decepcionada e a colorada comemorando. Será mesmo?
*Diário Gaúcho