Estou entre aqueles que não acreditam em sorte ou azar no futebol. A meu juízo, o sucesso nessa atividade esportiva, assim como em tantas outras, se deve a trabalho, dedicação e competência. Só para citar os mais relevantes pressupostos.
No entanto, o que anda acontecendo com o Grêmio nos últimos tempos está querendo alterar minha crença. Os desfalques são diversos e pelos mais variados motivos, começando pela venda apressada de Walace. Ainda há as lesões de Douglas, Maicon e Edílson, que, em tese, fazem parte da disputa de futebol. Elas têm razões que leigos como eu não entendem, pois podem ter origem em várias valências.
Porém, a grave lesão de Pedro Geromel não precisava ter acontecido. A cotovelada que o zagueiro sofreu do atacante do Internacional foi visível por todos que estavam no estádio ou que viam o jogo pela televisão. Alguns dizem que ambos saltaram com os braços abertos, e é verdade. Mas isso é muito diferente de impulsionar voluntariamente o braço e atingir alguém com o cotovelo.
Não quero, no entanto, criminalizar a atitude, que pode ser comparada na esfera criminal a lesão corporal culposa.
Assumiu o risco
Talvez o jogador não tenha tido a intenção de quebrar a costela de Geromel, mas assumiu o risco ao atingi-lo com o cotovelo. Por analogia, mesmo que distante, ao cometer o pênalti em Pedro Rocha, com certeza Paulão não quis fazê-lo, mas assumiu o risco ao dar um carrinho, atuando de forma temerária, dentro da área. Amanhã, escrevo sobre a escalação para a estreia na Libertadores.
*Diário Gaúcho