Os presidentes de Grêmio e Inter e a Promotoria do Torcedor se reunirão na tarde desta segunda-feira para estudar medidas em conjunto para combater a violência nos estádios. A intenção é debater ideias que vão além das punições judiciais a torcedores brigões e organizadas que se envolvem em tumultos generalizados.
Além disso, não se descarta que as três instituições anunciem medidas fortes para prevenir novos tumultos em estádios, como, por exemplo, a exigência de cadastro biométrico para os torcedores de todas as organizadas, com as impressões digitais de cada um de seus integrantes.
– O tempo está passando, e está se criando um consenso, de que há muitos problemas. Os dois presidente irão conversar. Os limites estão chegando ao seu final. É um problema a cada 15 dias – explicou o diretor jurídico do Grêmio, Nestor Hein.
– Serão anunciadas novas medidas para que se consiga prevenir de uma vez por todas esses confrontos entre as torcidas uniformizadas – afirmou um dirigente ligado ao Inter.
Contatado por ZH, Márcio Bressani, promotor da Promotoria do Torcedor, confirmou o encontro e afirmou que as ações serão decididas a partir da reunião.
- Queremos buscar soluções que vão além das punições ao torcedor que briga. Quem quer a festa no estádio tem de ocupar os espaços e ajudar a tornar a arquibancada mais segura - afirmou.
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A reunião vem sendo costurada após encontros de Bressani com dirigentes de Grêmio e Inter na semana passada. Desde 2015, o Juizado do Torcedor tem aplicado, a pedido do MP, sanções a organizadas que protagonizam confusões generalizadas nos estádios.
As maiores torcidas da Dupla, como a Geral do Grêmio, e a Popular e a Camisa 12, do Inter, foram alvo de sucessivas punições. As medidas se somaram às restrições de acesso de torcedores identificados em brigas - eles têm de se apresentar à polícia em dias de jogos. O judiciário tem ordenado, ainda, que os torcedores punidos que não comparecem à DP têm de usar tornozeleira eletrônica.
*ZHESPORTES
