A batalha entre o volante Willian Arão e o Botafogo, que se arrasta pelos tribunais, teve mais um capítulo nesta terça-feira e terminou com vitória do jogador. O Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ) julgou, em segunda instância, o recurso do clube que tenta, pelo menos, uma compensação pela saída de Arão para o Flamengo. O resultado da audiência desta terça foi a manutenção da decisão inicial, em primeira instância, que mantém o jogador livre, sem a obrigação de pagamento de qualquer multa rescisória ao Botafogo.
O recurso foi julgado pela Primeira Turma do TRT. A decisão entre os três desembargadores que analisaram o assunto foi unânime. Apesar de mais um revés na Justiça na batalha com Arão, o Botafogo ainda pode recorrer, acionando, se desejar, o Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília.
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A contestação do Botafogo se dá porque no contrato de Arão com o clube constava a previsão de renovação automática por mais um ano, caso a quantia de R$ 400 mil fosse paga ao jogador. Neste caso, a multa rescisória passaria para R$ 20 milhões. Só que Arão não aceitou os R$ 400 mil após dois depósitos do Botafogo e se transferiu para o Flamengo no começo de 2016.
A Justiça, por ora, tem dado razão a Arão por entender que a cláusula fere a nova resolução da Fifa que proíbe terceiros de ter direitos econômicos de jogadores. Neste caso, o "terceiro" seria o próprio Arão.
Os torcedores do Botafogo não esquecem a briga. No amistoso entre Brasil e Colômbia, no Engenhão, a torcida alvinegra vaiou o jogador, mesmo ele estando com a camisa da Seleção Brasileira.