O presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, poderá terminar seu mandato, que vai até fevereiro de 2018. Nesta segunda-feira, o Conselho Deliberativo do clube não aprovou a votação do impeachment. Dos 341 conselheiros do Timão, 266 compareceram ao Salão Nobre do Parque São Jorge, sendo que 181 votaram para que o processo não vá adiante e outros 81 queriam que ele seguisse, além de um branco e um nulo. Líderes da oposição prometeram recorrer, mas o dirigente discursou após a votação em tom confiante.
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– Aliviado não é a palavra certa. Desde o primeiro dia, na minha defesa e conversas informais, sempre narrei o acontecido como ele foi, como depus no inquérito na delegacia e como foi minha defesa na comissão de ética. Nunca falei uma vírgula de diferente. Nenhum ato lesivo ao clube, assim como nunca fui na minha vida. O pedido de impeachment foi motivado por um grupo querendo poder. Graças a Deus, a todos os conselheiros, quero agradecer os 181 votos que tiveram consenso. Não votaram pelo Roberto. E sim pelo Corinthians. Votaram pelo que é melhor ao clube. Nada mais é do que política esse pedido. Queriam antecipar a eleição de fevereiro de 2018. A gente tira uma lição muito grande. O Corinthians sai fortalecido. Vimos que o Conselho tem bom senso, pensa no clube, infelizmente não são todos, mas é a maioria – discursou Roberto de Andrade.
– Tudo é aprendizado. Se teve alguma coisa boa nisso é que conseguimos ver quem quer ver o bem do clube e, consequentemente, meu bem como presidente. Dá para nos unirmos, ouvirmos mais essas pessoas, deixarmos de ouvir alguns, vamos ouvir quem quer o bem do clube. A maioria quer o bem do clube e, consequentemente, ajudar no meu mandato. Sozinho não vamos a lugar nenhum – acrescentou.
A reunião no São Nobre do Parque São Jorge começou por volta das 19h. A primeira votação era para aprovar a admissibilidade do mérito da questão. Já neste primeiro ato, o processo não foi aprovado.
Em novembro do ano passado, 63 conselheiros protocolaram pedido de destituição de Roberto de Andrade como base em assinaturas supostamente fraudulentas do presidente alvinegro em contratos da Arena. Segundo reportagem da revista Época, Roberto teria avalizado contratos com datas anteriores à de sua posse como presidente do Corinthians. São dois casos: no primeiro, ele rubricou uma lista de presença de assembleia geral de cotistas do estádio que ocorreu dois dias antes de ele ser eleito. No outro, o nome do cartola apareceu em contrato do estacionamento da arena com a Omni, firmado 27 dias antes do pleito.
*Lancepress