A Chapecoense apresenta o seu elenco nesta sexta-feira (dia 6) ao técnico Vagner Mancini. Alguns jogadores já estão trabalhando em Chapecó, outros já foram apresentados e outros estão chegando, realizando exames médicos e encerrando as negociações com o clube catarinense. É o caso de Lucas Marques, ex-Internacional. O volante já foi aprovado pelos médicos e assinará contrato com a Chape para a temporada de 2017. O ex-colorado teve seu contrato encerrado no último dia 31 de dezembro e não foi procurado para renovar com a nova diretoria empossada.
"Surpreendeu até a mim (a saída de Porto Alegre). Eu queria ficar no Inter, mas o meu contrato se encerrava no último 31 de dezembro. Começamos a conversar sobre renovação, chegamos num acordo e a direção trocou. Fiquei esperando me chamarem para assinar e nada. Eu também não tinha garantia de que ia subir para o profissional. Eu estou com 21 anos e chegou o momento que eu tenho que aparecer um pouco. No Inter eu só joguei um jogo. Agora é o momento de brigar pelo espaço e jogar. Tudo está passando muito rápido. Apareceu a oportunidade com a Chapecoense e eu pude vir para cá", desabafou Lucas Marques em entrevista ao programa Show dos Esportes.
A única partida pelo time profissional foi ainda em 2015, quando o técnico era Diego Aguirre, contra o Vasco da Gama, fora de casa. O Inter acabou empatando em 1 a 1 e o volante teve que ser improvisado na lateral por conta da expulsão de Alan Ruschel.
"Se me falassem que eu estaria na pré-temporada do Inter, eu não pensaria duas vezes. Eu teria ficado em Porto Alegre", revelou.
Lucas Marques estava há mais de cinco anos na base do Internacional. Na entrevista, Lucas Marques citou o aproveitamento de Charles – que tem um ano a menos – e foi alçado ao grupo profissional em 2017. Além disso, também citou Eduardo Henrique, que também tem 21 anos, contratado junto ao Atlético-MG para suprir a carência de volantes no elenco de cima.
"O meu pensamento era subir para o time profissional do Inter. Eu fiquei cinco anos e meio no Beira-Rio, mas ninguém me falava nada. Eu olhava meus colegas sendo cogitados, como o Charles. Não parava de chegar volante no time principal também e eu decidi vir para cá. (...) Não digo só o Charles. Contrataram três volantes. O próprio Eduardo Henrique que tem a minha idade. Eu vi que fui perdendo espaço e estava sem muita visibilidade. Eu já estava com o pensamento de jogar e a oportunidade apareceu", falou.
O atleta também destacou que a negociação com a Chapecoense vem de antes da tragédia que chocou o mundo. Logo após os jogos contra o River Plate, o empresário do jogador foi procurado pela diretoria e foi pedido que aguardassem o término da Sul-Americana para concretizarem o negócio.
"Um pouco antes da tragédia o meu empresário já tinha sido perguntado sobre mim. Uma conversa formal. A diretoria da Chapecoense queria conversar comigo depois da Sul-Americana. Aí veio a tragédia e eu nem pensava mais que poderia acontecer. A direção trocou e o convite veio mesmo assim. Vamos ter muitos campeonatos para jogar, isto me empolgou bastante. Eu tô feliz de poder estar aqui", concluiu.