Ao ler os comentários da matéria que noticiou que a Fifa só reconhece títulos mundiais de clubes em torneios organizados pela entidade, me lembrei do nada saudoso ex-presidente Flávio Obino. Entre 2003 e 2004, o Grêmio passava por uma das piores crises da sua história, e nosso ex-mandatário dava entrevistas patéticas, salientando a qualidade do ônibus do Grêmio, por exemplo, ou falando do site do clube, para fugir do principal: a situação lamentável que o futebol do clube vivia. Fiz essa introdução para comentar que acredito que os torcedores do coirmão estejam passando por essa situação.
A atual fase do Inter, que não consegue ganhar nem jogo-treino, é tão ruim, mas tão ruim, que a flauta tem que ficar restrita a esse tipo de situação: que o título "deles" é reconhecido pela Fifa, uma entidade corrupta que deveria ter mais coisas para se preocupar, e o nosso não é. Sinceramente, os amigos que torcem para o coirmão deveriam estar seriamente preocupados com o buraco em que o clube se enfiou, e não dar importância a algo que, sinceramente, não preocupa a torcida gremista.
Como diz a matéria, a Fifa admite a importância dos torneios antes de serem organizados, o que fala por si só. Antes de a Fifa criar o Mundial de Clubes, existia o Mundial Interclubes, jogado pelos campeões da América e da Europa, via Libertadores e Liga dos Campeões. É ou não é legítimo? Claro que sim.
Mas, como a fase do Colorado está tão ruim, e o Grêmio terminou o ano com título, e começa 2017 com um time consolidado, com chance de novos títulos, só posso me compadecer, e quase ter pena dos torcedores. Já passamos por isso, sabemos como é. Quando a gente está se afogando, qualquer galho pode ser a salvação.