Feliciano Bastos, ex-fisioterapeuta do Inter e atualmente integrante da comissão técnica de Felipão no Guagzhou Evergrande. Depois das festas de final de ano, a trupe brasileira deixou Porto Alegre e desceu direto em Portugal, onde o clube faz uma pré-temporada de luxo. A Federação Portuguesa de Futebol abriu as portas do seu CT, inaugurado na preparação para a Euro 2016, para o clube de Felipão. Foi uma exceção, me conta Feliciano, pela excelente relação do técnico com os portugueses.
Até o dia 25, o Evergrande treinará em Lisboa. Os jogadores estão adorando a temporada europeia, mesmo que o inverno em Guangzhou não esteja tão inclemente. Posaram para foto com a taça da Euro 2016, foram assistir a Benfica 3x3 Boavista e comemoraram vitória em amistoso sobre o Real Massamá, clube da terceira divisão lusa.
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O fisioterapeute se diz impressionado com a rapidez com a qual os chineses assimilam os conceitos de futebol e evoluem. Os investimentos fora da curva retumbam no mundo. Mas há outro movimento, silencioso, que ajudará os chineses a darem um salto em um prazo de 10 anos. Os clubes passaram a dar mais atenção para as categorias de base.
O próprio Evergrande, seguindo orientação de Felipão, reativou um CT fora cidade para uso exclusivo dos times sub-20 para baixo. O local era pouco usado pela distância da sede atual. De dois anos para cá, observa Feliciano, houve uma onda de investimentos na formação de jogadores. Muitos clubes da Superliga chinesa mantêm convênios com grandes europeus – o Evergrande fechou com o Real. Os guris que se destacam são mandados para intercâmbio no Velho Continente. Ex-jogadores famosos perceberam o filão e abriram academias no país. O português Luís Figo, diz Feliciano, inaugurou 17. Ronaldo gostou da ideia e estuda fazer o mesmo.