Vai ser dada a sensacional largada para mais um Campeonato do Rio Grande do Sul como, aliás, ele deve ser assim oficial e solenemente chamado. E essa tradicional competição já sofreu muitas mudanças ao longo do tempo. Durante 35 anos limitou-se a ser disputada entre os campeões das chaves regionais, pelo sistema classificatório e em muitas ocasiões, decidida num jogo único e, geralmente, na Capital.
A partir de 1953, Porto Alegre acabou com o "Metropolitano", jogado tão somente pelos clubes da cidade e englobou o Aimoré e o Novo Hamburgo, pelo critério de proximidade. Estava criada a "Divisão de Honra" que, no ano seguinte, arregimentou o Juventude e o Caxias (então com o nome de Flamengo). Finalmente, em 1961, com o surgimento da "Divisão Especial" as porteiras foram abertas para todos os clubes, desde que havia sido implantada a "Série B", dois anos antes. Daí para frente, com seguidos e muitas vezes formulismos, o Gauchão foi modificando a sua formatação e abarcando expressiva quantidade de concorrentes, muitos sumidos do mapa. Até hoje, só três não foram rebaixados: a dupla Gre-Nal e o Juventude.
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Especificamente, no que concerne a clássicos interioranos, não há dúvida que, dentro dos seus respectivos municípios, o Bra-Pel, o Ba-Guá, o Rio-Rio; o Rio-Rita, o Ave-Cruz e tantos outros escreveram com letras de ouro as suas histórias. Nas últimas décadas, porém e com toda a certeza, o mais badalado clássico das nossas cidades é o Ca-Ju de Caxias do Sul, até porque os dois de todos os citados são os que participam da nossa Primeira Divisão.
Entretanto, em matéria de clássicos intermunicipais, disparadamente, o grande jogo é aquele travado entre o Brasil e o Juventude. Sem dúvida, o mais empolgante e o de maior rivalidade, mesmo que genuinamente sadia, em função do historicamente bom relacionamento que os enlaça. E neste domingo, eles estarão se defrontando em mais uma edição do já famoso "Bra-Ju" e configurando o principal jogo da primeira rodada.
Apenas como lembrete: a primeira partida, em 1958, resultou na goleada de 6x0 a favor do Juventude, tendo sido devolvida no mesmo ano: 5x1 para os Xavantes.