Os dias 14 de dezembro de 2010 e 11 de dezembro de 2016 são datas marcantes para os torcedores do Inter. Nestas fatídicas datas, o clube sofreu dois de seus maiores golpes na esfera esportiva: derrota para o Mazembe, pelas semifinais do Mundial de Clubes, e a inédita queda à Série B.
Um gaúcho em especial, natural de Caxias do Sul e campeão da Libertadores pelo clube, tem a ingrata marca de ter participado das duas catástrofes. Trata-se do técnico Celso Roth, que fez um balanço ao Lance! ao comparar os reveses, opinando ainda qual foi o mais doído para ele.
– As duas situações são horríveis. A mais impactante foi a derrota para o Mazembe, pois tivemos participação mais efetiva. Fomos campeões da Libertadores, fizemos um planejamento especial no segundo semestre (de 2010) e uma partida bem interessante contra o Mazembe. No entanto, perdemos em dois contra-ataques, quando deveríamos ter ganho com facilidade. Já a situação do rebaixamento, entramos para reverter uma situação que já estava encaminhada. E falo em reversão por não ter participado da pré-temporada e montagem de elenco – analisou.
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Homem de confiança de Fernando Carvalho – que, nesta reta final, exerceu o cargo de vice-presidente do Colorado –, Roth foi demitido restando três rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro. Agora sem emprego, o treinador projetou o futuro, sinalizando para uma possível imersão no mercado alternativo.
– Sempre temos alguma coisa em mente, algumas conversas... O melhor pode acontecer, e provavelmente seja fora do Brasil, o que já aconteceu antes. O mercado alternativo é uma possibilidade, como a China, pois sempre é importante, principalmente pelo lado financeiro – disse o comandante de 59 anos, que já trabalhou no mundo árabe.
Celso Roth, ex-Vasco, Atlético-MG, Cruzeiro, Flamengo e outros gigantes, também comentou sobre o que o torcedor do Inter deve esperar do time na Segundona, em 2017.
– O Inter tem um elenco bastante experiente, com jovens de qualidade, como Aylon, (Gustavo) Ferrareis, Valdivia e Andrigo, que precisando de apoio e estão despontando. É um grupo que tem muito potencial para crescer. A torcida pode ficar tranquila, até pela Série B não ser o bicho-papão que foi criado.
Confira outros trechos da entrevista:
D'Alessandro: "a volta do D'Alessandro é muito importante, pois ele é uma liderança, em todos os aspectos, junto a Ceará e Alex. Ele fez falta depois que saiu, é uma realidade, até por ele sempre ter demonstrado caráter dentro e fora de campo"
Renato Gaúcho e estudo: "sabemos o jeitão do Renato de ser e falar (risos). Teve um grande carisma como jogador, e agora como treinador. Ele expressou um sentimento dele, com um toque de afronta aos que dizem que o técnico brasileiro está defasado. Nem o pessoal da Europa sabe tudo, como nem todos os treinador aqui não sabem nada. Temos muita história no mundo. Considero fundamental a integração e a troca de informação, além de estudos para se adaptar a nova realidade. Eu mesmo pretendo me aprofundar assim que possível"
*LANCEPRESS