O Ministério Público da Bolívia aprendeu na tarde de quarta-feira duas aeronaves da empresa LaMia, segundo informa o jornal boliviano El Deber. Os aviões estavam em um hangar da própria Força Aérea daquele país, na cidade de Chochabamba, a 300 quilômetros da capital Sucre. Militares da Força Aérea acompanharam a ação. A LaMia é a empresa envolvida no acidente com atletas e dirigentes da Chapecoense e jornalistas brasileiros que matou 71 pessoas no dia 29 de novembro.
A promotora Jacqueline Porcel informou que a apreensão é para fins investigativos e que os bens podem ser utilizados para pagamento de indenizações a vítimas. As investigações do MP da Bolívia também já resultaram na prisão temporária de funcionários da LaMia, incluindo um dos sócios, Gustavo Vargas, além da apreensão de documentos oficiais no órgão de fiscalização de voo da Bolívia, de onde partiu o trágico voo da Chapecoense - a AASANA (Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares para Navegação Aérea, em tradução livre para o português).
Ainda de acordo com o "El Deber", a Força Aérea da Bolívia informou que as aeronaves tinham identificação "lamia.com.ve" e a empresa tinha uma dívida com os militares de 335.550 bolivianos (ou R$ cerca de R$ 170 mil) para manutenção dos equipamentos.