O Grêmio teve, nos últimos quatro anos, duas gestões completamente diferentes: uma voltada para o futebol (2013-2014) e outra focada na sustentabilidade financeira (2015/2016).
Na gestão que tinha Fábio Koff como centro de tudo, tivemos o mesmo déficit que a administração de Romildo Bolzan, que cuidou das finanças. O mandato do presidente atual contou com um abatimento de 45 milhões nas dívidas em 2015 pela adesão no Profut e o ingresso de 100 milhões em razão das luvas do contrato de TV com a Rede Globo.
A gestão Koff deixou Felipão no comando e contratou Galhardo, Erazo, Marcelo Oliveira, Maicon, Douglas e Braian Rodriguez. O treinador saiu maio de 2015.
Depois de sua saída e de tratativas frustradas para contratar Doriva e Cristóvão Borges, o Grêmio acertou na Mega Sena com a chegada do Roger Machado. Mesmo "reforçado" com Lucas Ramon, William Schuster, Vitinho, Bobô e os retornos de Bressan e de Fernandinho, o trabalho de Roger superou tudo, e o Grêmio se classificou à Libertadores. Para disputar o torneio continental, vieram Wallace Oliveira, Kadu, Fred, Henrique Almeida, Douglas e Bolaños.
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Depois dos fracassos no Gauchão, na Primeira Liga e na Libertadores, muda o departamento de futebol, e surge uma luz chamada Alberto Guerra. Foi cirúrgico nas contratações de Edilson, Wallace Reis e Kannemann e na troca de Edinho por Negueba – o que abriu espaço para o surgimento de Jailson. Mas Guerra foi fritado pelo representante do Conselho de Administração dentro do vestiário e, com a saída de Roger, deixa o futebol após quatro meses no comando da pasta.
Todos os jogadores da base que estão atualmente nos profissionais surgiram na gestão Koff. Assim como os jogadores vendidos que renderam uma boa receita, como Marcelo Moreno, Barcos, Rhodolfo e Giuliano. Nestes dois últimos anos, nenhum novo jogador ganhou corpo. Temos um déficit de R$ 5 milhões, que perdura nas duas últimas gestões. Uma delas deixou jogadores como ativos. A outra usou recursos do Profut e do contrato com a Globo para cobri-lo.
Chegamos ao título da Copa do Brasil, graças ao trabalho do Renato e do Espinosa, donos do vestiário. Ambos conhecem como poucos este setor do clube, auxiliados pela autoridade de Adalberto Preis. O título vale mais de R$ 40 milhões. Com a venda de um jogador, equilibraremos as finanças e reforçaremos o time para novos títulos em 2017. Mas para isso, a direção, que teve 85% do apoio dos sócios, tem um desafio: dispor de uma gestão eficiente no futebol.
*ZH ESPORTES