A terceira bateria desta quarta-feira no Hang Loose Pro Contest 30 anos na Joaquina tinha na disputa o paranaense Thiago Camarão (que ficou em 2º), o capixaba Krystian Kymerson (em 3º) e o paulista criado no sul da Ilha Luan Wood, que conseguiu o 1º lugar. Em último acabou o francês Joan Duru. Luan, 20 anos, aprendeu a surfar nas ondas do Matadeiro. E acha que por isso saiu em vantagem dos demais.
– Eu estava bastante confiante. Aí achei as ondas certas já no início da bateria. Depois só administrei. É uma onda que eu estou acostumado a treinar – explica.
Apesar da disputa com os brasileiros, Luan Wood garante que eles são adversários somente dentro da água.
– Na verdade, ali todo mundo é amigo, a gente se encontra sempre. Mas na hora que estamos dentro d’água, esquece isso – revela.
Membro de uma família de surfistas, a casa de Luan está acostumada a receber atletas do mundo inteiro em épocas de competição. Só que para esse ano, devido à distância do Matadeiro com a Joaquina, os amigos de mar preferiram ficar em hotéis. Os pais, Paulo e Marta, e o irmão Caue, estão em festa que o garoto conseguiu avançar de fase. Nesta manhã, todos estiveram na torcida nas areias da Joaquina.
Luan está em 189º no ranking. O objetivo dele é conseguir vaga para os 10 mil pontos do ano que vem, ainda sem data. Ele precisa fazer um resultado suficiente na Joaquina para ficar entre os 110 melhores. Currículo ele tem. O surfista já foi campeão de todas as competições de base catarinenses e ainda tem currículo: campeão mundial sub-18, em 2014, no Equador; campeão Sul-Americano sub 21, no Peru, também em 2014. Ano passado, foi vice Sul-Americano.
Ian Gouveia quase ficou de fora
Por pouco o surfista Ian Gouveia, 23, não foi desclassificado. Há um ano, o pernambucano deixou Florianópolis, onde morou por 14 anos. Esse tempo longe da Joaquina quase foi fatal. Não fosse uma interferência do francês Jorgann Couzinet, o gringo teria ficado com a vaga.
– Eu estava tranquilo, não estava nervoso na bateria, sabia que eram só vir as ondas, mas foi uma bateria devagar com poucas ondas. Ainda bem que eu contei com a sorte do francês fazer a interferência em mim e acabei passando – explica o surfista, que está brigando, e com muitas chances, de conquistar uma vaga no WCT.
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