Jornais do mundo inteiro repercutem a morte do ex-líder cubano Fidel Castro, que morreu na noite desta sexta-feira (25), aos 90 anos. Os veículos relembraram o papel do ícone da esquerda revolucionária e o impacto de sua atuação no cenário mundial político e econômico.
O The New York Times classificou Fidel Castro, como "o apaixonado apóstolo da revolução, que trouxe a Guerra Fria para o Hemisfério Ocidental em 1959 e depois desafiou os Estados Unidos por quase meio século como líder máximo de Cuba, envolvendo 11 presidentes americanos e empurrando brevemente o mundo à beira de uma guerra nuclear".
Na Europa, o El País, da Espanha, escreveu que Fidel era "líder autoritário ou tirano para não mais de metade da humanidade, lenda revolucionária e flagelo do imperialismo ianque para esquerda militante". O jornal também o chamou de "último sobrevivente da Guerra Fria e, certamente, o ator político do século XX", tornando-se "uma peça de xadrez no grande jogo de revolução universal, o seu verdadeiro propósito na vida".
Já o Le Monde, da França, trouxe um editorial intitulado "Cuba e Castro, uma história de esperança e desespero", no qual questiona qual a herança de Fidel, a revolução que "cruelmente devorou seus filhos, sem tirar as pessoas da pobreza, ou a resistência ao imperialismo norte-americano?".
No Reino Unido, o The Guardian diz que o "revolucionário Fidel Castro" finalmente foi derrotado pela enfermidade da velhice e foi uma das figuras políticas mais extraordinárias do século XX.