Idealizadores da Primeira Liga, os dirigentes de Atlético-PR e Coritiba não estão contentes com o rumo da organização para a segunda edição do torneio. Os dois clubes paranaenses cobram igualdade na distribuição de cotas da televisão.
Neste ano, foram pagos R$ 5 milhões pelos direitos de transmissão da competição. Para o triênio 2017-2019, 15 das 16 equipes tinham aceitado a proposta de R$ 70 milhões. Menos o Atlético-PR.
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Há 20 dias, aconteceu uma reunião em que o clube não enviou um representante da alta cúpula, deixando um advogado representá-lo. Após discutir internamente, o Atlético-PR não concordou com a seguinte divisão: 45% entre todos os clubes; 32,5% de audiência e 22,5% de premiação.
A mudança altera o modelo do Campeonato Inglês, que foi usado de exemplo na criação da entidade, com 50% dividido entre todos os membros, enquanto o montante restante é repartido entre prêmios e audiência, na equação 50-25-25. Esta linha é considerada a ideal para fugir da discrepância cometida na Série A.
A revolta, coordenada pelo presidente do Conselho Deliberativo, Mario Celso Petraglia, ganhou o apoio do adversário da capital paranaense, o Coritiba. Após aceitar a oferta inicial da Primeira Liga, a diretoria coxa branca conversou com o dirigente um dia depois da reunião e decidiu comprar a briga.
Em uma manifestação documentada, a dupla Atletiba requer uma Assembleia Geral Extraordinária, com o intuito de assegurar os ideais da organização que luta por um futebol brasileiro melhor. No documento, assinado pelos dois presidentes dos times paranaenses no final de outubro, eles pedem que a comercialização dos direitos da TV não seja alterada a partir do ano que vem, mantendo uma divisão igualitária.
Há o risco de ambos saírem da Primeira Liga caso não sejam atendidos. Um novo encontro deve acontecer em Florianópolis ainda neste mês.