Não foi em um estádio de primeira linha, com milhares de torcedores e todo o aparato que envolve o futebol profissional. Mas o meia Paulo Baier, que deixou de jogar profissionalmente este ano, teve direito a camisa nova, com o número 10, e braçadeira de capitão. Não bastasse isso, recebeu homenagem e o jogo festivo pela sua vinda valeu até troféu.
Neste domingo, jogando pelo time Amigos do Pintado, de Faxinal do Soturno, o ex-jogador de Goiás, Atlético-PR, Palmeiras, Santos e outros, voltou para Ijuí com a vitória por 5 a 2 e um gol marcado contra o Juventude, time amador de Santa Maria.
Presidente do time que leva o seu apelido, Vilson Bonadiman, o Pintado, já havia trazido outros "galáticos" para jogar na sua equipe. O primeiro foi Índio, ex-zagueiro do Inter. Depois vieram os centroavantes Sandro Sotilli e Washington. Baier era um "sonho" antigo do empresário faxinalense. O meia é segundo maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro por pontos corridos, com 106 gols, só atrás do centroavante Fred, do Atlético-MG. O próximo boleiro que deve pisar no gramado do Estádio Municipal Eusébio Roque Busanello é o também meia Tinga, que jogou na dupla Gre-Nal, acompanhado novamente por Índio.
– Muita gente achava que o Baier não vinha, mas está aí. Ele é uma lenda viva do futebol brasileiro. Já estamos negociando para no dia 5 de fevereiro virem o Tinga e o Índio – diz Pintado.
Parceria
Baier disse que aceitou pelas amizades que tem no time e também da possibilidade de fazer novos amigos.
– Recebi o convite do Pintado junto com o Evandro, com o Márcio e com o Sandro Palharini, especialmente esses dois últimos, já que jogamos juntos nos juniores do São Luiz (Ijuí). Temos uma amizade muito grande. Estou feliz em estar participando, e esperamos fazer um bom espetáculo. Vamos ver o que o treinador está pretendendo, mas estou aqui para participar e conhecer novas pessoas – afirmou Baier.
O técnico do Amigos do Pintando, é o vereador santa-mariense Admar Pozzobom, que não titubeou e deu a camisa 10 e a braçadeira de capitão ao ex-jogador.
– Tive o privilégio de treinar o Sotilli, o Washington, e agora o Baier. Como a atração é ele, e a festa é em torno dele, nada mais justo que receber a 10 – explica.
No entanto, o técnico do Juventude, João Porto, o Toco, não se intimidou com com a estrela adversária.
– Já jogamos contra o Índio, o Sotilli, e o Washington, mas o Baier é mais complicado. É um cara que arma, que bate bem na bola. Vamos ter todo o cuidado, mas o meu time pode jogar contra qualquer outra equipe, que não vai ter marcação especial em jogador nenhum. Dentro de campo, para nós, ele é um jogador como os outros – brinca Toco.
Apesar de toda a fama de Baier, o público não compareceu em peso como na vinda de Índio. Pouco mais de 200 torcedores compareceram no estádio. Mesmo assim, o ex-meia atendeu a todos com muita atenção.