Ícone da velocidade em duas rodas, o italiano Valentino Rossi (Yamaha) está com síndrome de vice. Ele ficou em segundo lugar no GP da Malásia, neste domingo, e garantiu o terceiro vice-campeonato seguido na MotoGP. No ano que vem, ele terá a chance de tentar o décimo título na competição – atualmente, soma sete na categoria principal, um na 250cc e outro nas 125cc.
– Foi uma corrida bastaste intensa, comecei por travar uma grande batalha com o Iannone (Ducati). Quando a pista secou, comecei a ter problemas no lado direito do pneu dianteiro e levei dois sustos. Tive de ser mais cauteloso depois, resumiu o piloto de 37 anos, que nas últimas seis provas, ficou três vezes em segundo e outras duas em terceiro (não terminou uma delas).
A prova deste domingo foi vencida por seu compatriota Andrea Dovizioso, da Ducati, que voltou ao topo do pódio após sete anos. O resultado marca um recorde na competição: foram nove vencedores ao longo da temporada, que termina dia 13 de novembro, em Valencia, na Espanha. Até então, o máximo havia sido oito, em 2000. Este ano, além dele, chegaram em primeiro os espanhóis Lorenzo, Mar Márquez (Honda), Maverick Viñales (Suzuki) e Dani Pedrosa (Honda), os italianos Andrea Iannone e Rossi, o australiano Jack Miller (Estrella Galicia/Honda) e o britânico Carl Crutchlow (LCR/Honda).
Dovizioso voltou a vencer após sete anos - em 2009, ainda com a Honda, conquistou o GP da Inglaterra. Na prova na Malásia, ele saiu na pole, perdeu algumas posições e, depois de ultrapassar Rossi e ficar em primeiro, não teve grandes sustos. Campeão antecipado da temporada, o espanhol Marc Márquez (Honda) sofreu uma queda quando brigava pela terceira posição. Também da Espanha, Jorge Lorenzo (Yamaha) ficou em terceiro. Completaram as cinco primeiras posições na Malásia o espanhol Hector Barbera e o francês Loris Baz, ambos da Ducati/Avintia.
Na Moto2, única categoria que ainda estava indefinida, o francês Johann Zarco venceu o a prova e confirmou o bicampeonato. O piloto, que no ano que vem defenderá a equipe Tech3 na MotoGP, fez um duelo duríssimo com o italiano Franco Morbidelli (Kalex), que liderou a prova desde as primeiras voltas, mas acabou cedendo o primeiro lugar perto do fim.Na Moto 3, o destaque foi o festival de lambanças. Dos 33 pilotos que deram largada, 17 se envolveram em acidentes e caíram - entre eles o sul-africano Brad Binder, campeão antecipado da categoria, que caiu e até à pista, mas ficou fora da zona de pontuação. O vencedor da etapa foi o italiano Francesco Bagnaia, da Mahindra. O argentino Gabriel Rodrigo, da KTM, ficou na sétima posição