As lembranças de Caio Júnior em relação ao Cruzeiro eram boas: um 3 a 2, no jogo de ida, na Arena Condá, havia decretado sua estreia, no Verdão, com vitória. Neste domingo, no Mineirão, os dois clubes mediram forças novamente e, desta vez, não houve gols. Mesmo assim, foi uma partida recheada de emoção e chances de abrir o placar, principalmente para o time mandante.
Caio optou por força máxima para o duelo contra o Cruzeiro. A diretoria conseguiu um voo fretado para encarar, quarta-feira, o Júnior Barranquilla, na Colômbia, no jogo de ida das quartas de final da Copa Sul-Americana.
O principal motivo de valorizar a partida fora de casa diante da Raposa era conseguir pontos para cumprir o objetivo de chegar ou superar a marca dos 42 pontos e cada vez menos pensar em um já improvável rebaixamento. Missão atingida.
Primeiro tempo recheado de emoção
O primeiro tempo começou com muita ação por parte do Cruzeiro. Logo aos dois minutos, Henrique chutou de forma perigosa, logo depois, aos quatro, Robinho arrematou na trave e, um minuto depois, Lucas quase marcou.
Curiosamente a blitz azul envolveu três jogadores que já passaram por Santa Catarina: Robinho pelo Avaí, Lucas e Henrique pelo Figueirense.
A Chape conseguiu segurar-se, mas durante o restante da etapa o time da casa foi sempre mais perigoso e agudo, criando pelo menos mais duas situações para abrir o placar.
Na segunda etapa, o Cruzeiro novamente esteve muito perto de marcar nos minutos iniciais. Aos nove, Cleber Santana atrasou a bola dentro da área e entregou o ouro para Ábila, Danilo foi obrigado a fazer pênalti.
Ábila deixa torcida cruzeirense só com gostinho de gol
Ábila correu para bola, bateu forte, mas foi mais um a conhecer uma das principais habilidades do goleiro do Verdão: defesa de pênaltis. Danilo evitou que seu time começasse a etapa em desvantagem.
Para comprovar que não era a tarde de Ábila, aos 26 minutos, o jogador recebeu bola na marca do pênalti, ângulo aberto para concluir, e chutou no poste, perdendo chance incrível.
A Chapecoense, que apostou na entrada de Bruno Rangel e de Hiroran no segundo tempo, não conseguiu usar dois de seus goleadores como estratégia. Pouco agrediu o Cruzeiro. Na melhor chance verde, Gil chegou cara a cara com Rafael, mas errou o alvo já nos acréscimos.
FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO 0
Rafael; Lucas, Léo, Bruno Rodrigo e Edimar; Henrique (Ariel) e Ariel Cabral; Robinho, Rafael Sóbis (William) e Rafinha (Alisson); Ábila. Técnico: Mano Menezes.
CHAPECOENSE 0
Danilo; Gimenez, Thiego, Neto e Dener Assunção (Gil); Sérgio Manoel, Ananias, Cléber Santana, Matheus Biteco e Alan Ruschel (Hioran); Kempes (Bruno Rangel). Técnico: Caio Júnior.
Gol:
Arbitragem: Luiz Flávio de Oliveira, auxiliado por Miguel Cataneo Ribeiro da Costa e Herman Brumel Vani (trio de SP).
Amarelo:
Local: Mineirão, Belo Horizonte (MG).