Aos 27 anos, pós-Jogos Olímpicos, Gilvan Ribeiro assinou o seu primeiro contrato como atleta profissional da canoagem. Até o grifo no papel, formalizado no início desta semana, foram 15 anos dedicados ao esporte, incluindo uma Olimpíada na bagagem. O contrato, com valor estipulado em R$ 10 mil pelo período de 1 ano e seis meses, servirá para o canoísta começar uma nova jornada por vaga olímpica, agora, para Tóquio 2020.
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– Esse valor ajuda para eu me manter treinando. O principal desafio do atleta é conseguir viver do esporte, sem um outro trabalho paralelo. Claro que vou buscar mais apoiadores. Mas já é um recomeço de uma forma mais fácil. Para ir aos Jogos do Rio, eu comecei sem apoio nenhum. Com contrato firmado, já dá uma segurança maior – explica Gilvan.
A conversa com a empresa Praxis se iniciou antes mesmo dos Jogos do Rio 2016, quando Gilvan participou de um trabalho como modelo. O atleta celebra a conquista que, segundo ele, pode abrir portas para outros esporte da cidade:
– É uma forma de incentivo a outros atletas – comenta Gilvan, que terá como contrapartida usar as marcas da empresa patrocinadora.
Givago Ribeiro, irmão de Gilvan, que auxiliou o atleta olímpico na parte do marketing esportivo e apresentou o projeto e o contrato para a empresa, afirma que a etapa simboliza uma nova fase para o esporte de Santa Maria, principalmente para a Associação Santa-Mariense de Esportes Náuticos (Asena).
– Isso quebra um paradigma na cidade de que as empresas não apoiam e não investem. Elas apoiam e investem. Só que elas querem organização das instituições e dos atletas, além de resultados – garante Givago, que ainda trata de mais dois projetos de patrocínios em potencial.
A Asena, inclusive, trabalha em outra frente. Nos próximos dias, a equipe lançará o projeto Padrinhos do Remar, que ampliará as diretrizes do projeto social que ensina a canoagem a crianças do bairro Campestre, e aproximará a comunidade de Santa Maria ao esporte desenvolvido na barragem do DNOS.
– O Givago nos apresentou um projeto, e vimos que era algo sério e de futuro. Mais à frente, vamos ter outros Gilvans, que despontarão em âmbito nacional. É um trabalho bem estudado e pé no chão. Além disso, queremos fazer um trabalho social com Asena, futuramente. Investir na parte de uniformes – explica Celso Rubem Lago, diretor da Praxis.