Vítima de hackers em sua base de dados e constantemente criticada por membros do movimento olímpico, a Agência Mundial Antidoping (Wada) "não está em situação crítica", afirmou nesta quarta-feira o diretor-geral da entidade, Olivier Niggli.
– Não acredito que a situação é crítica para a Wada – declarou à imprensa Niggli, após reunião do comitê executivo da entidade, em Lausana, na Suíça.
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A Wada convocou para esta quarta-feira em Lausana um primeiro seminário, reunindo seus diferentes parceiros, como o Comitê Olímpico Internacional (COI) e as federações internacionais para "debater e melhorar o sistema antidoping e analisar as lições que podemos tirar do que aconteceu na Rússia".
– A Wada acaba de publicar um relatório (McLaren) que evidenciou o que provavelmente é um dos maiores escândalos de doping e que terá sua versão final publicada em final de outubro, início de novembro. Para completar, os governos apoiam a Wada de maneira forte e unânime – completou o suíço.
O relatório McLaren, publicado em 18 de julho, desvendou um sistema de doping estatal praticado na Rússia entre 2001 e 2015 e foi responsável pela exclusão de 118 atletas russos dos Jogos Olímpicos Rio 2016.
Em agosto, durante a abertura dos Jogos Rio 2016, o presidente do COI, Thomas Bach, pediu uma vasta reforma do sistema de luta antidoping, responsabilizando a Wada pela demora em lidar com as informações reveladas pelo relatório McLaren.
Gerardo Werthein, presidente do Comitê Olímpico argentino e membro do COI, também criticou na terça-feira a Wada, pedindo uma "reforma profunda".
Com esse intuito, o COI convocou para 8 de outubro um congresso olímpico para reformar o sistema de luta antidoping.
– Vamos esperar receber todas as propostas de reforma, inclusive a do congresso olímpico, mas os governos também apresentarão propostas – completou Niggli.
Após, em novembro, durante o conselho da Wada, em Glasgow, será reunido o que foi debatido em acordo. As reformas "serão colocadas em prática nos próximos 12 a 24 meses".
*AFP
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