Uma experiência única na vida. É com esse espírito que cinco voluntários de Santa Maria viajarão aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro nos próximos dias. Eles não receberão nem sequer um centavo pela participação no evento. No entanto, a bagagem pós-Olimpíada já será uma recompensa incalculável.
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– O intercâmbio cultural será muito valioso. É a união entre os povos. Apesar da situação política que estamos vivendo, é um momento único para todos os brasileiros – acredita o publicitário Matheus do Amaral, 25 anos, que embarca ao Rio de Janeiro no dia 30 de julho.
Quem também estará presente no maior evento multiesportivo do planeta é a professora de dança e diretora da Escola Passo a Passo, em Santa Maria, Isabel da Rosa, 51 anos. Pelo seu perfil, ela foi escolhida para ser a líder de uma equipe de voluntários no Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos, na região da Barra da Tijuca. No Rio de Janeiro, Isabel dividirá um apartamento com estrangeiros. Nada que assuste a santa-mariense.
– Quanto mais diversidade, melhor – brinca Isabel, que pretende assistir a alguma prova de Gilvan Ribeiro na canoagem velocidade e, assim, passar boas vibrações ao atleta de Santa Maria.
Já a estudante de Administração da Unifra Juliane da Rocha, 21 anos, terá como tarefa principal auxiliar a delegação de Gâmbia no que for preciso. Para ser escolhida na função, a fluência no inglês foi o diferencial.
– A entrevista que fiz pela internet foi toda em inglês. Tinha que ter uma certa fluência – explica Juliane.
Formado em Publicidade e Propaganda e em Administração pela UFSM, Rafael Trindade, 27 anos, será um dos supervisores de serviços de atendimento ao público na Arena de Vôlei de Praia.
– Fui como espectador na Copa do Mundo de 2014 e achei o máximo o trabalho de voluntários. Por isso, resolvi me inscrever na Olimpíada e passei no processo – explica Rafael.
Entre os cinco voluntários, a estudante de Direito da Fadisma Andressa Irigaray, 22 anos, é a única que trabalhará na Paralimpíada, que vai de 7 a 18 de setembro. Andressa ficará encarregada de cuidar diretamente da reposição de toalhas, água e outros serviços aos atletas durante as provas de atletismo no Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão.
– O evento por si só já tem um toque especial. Tem um gosto especial trabalhar com esses atletas que são exemplos de superação – comenta Andressa, que viaja no dia 9 de setembro.
No total, a organização do evento selecionou cerca de 50 mil voluntários para os Jogos Olímpicos.