O Brasil Tennis Cup (BTC) deste ano está muito mais forte que nas outras três edições, são seis atletas top 50 e 16 que estarão na Olimpíada do Rio de Janeiro. Os Jogos, na verdade, ajudaram muito a atrair jogadoras com melhores rankings e até trajetória, como foi o caso da ex-número 1 do mundo, a sérvia Jelena Jankovic. O torneio, que começa amanhã nas quadras da Federação Catarinense de Tênis (FCT) e vai até o dia 5 de agosto, será o último antes de começar o Rio 2016. Assim, algumas atletas optaram por fazer a aclimatação em Florianópolis.
Ex-número 1 do mundo, Jelena Jankovic jogará o Brasil Tennis Cup
Pensando no Rio, Paula Gonçalves e Teliana jogarão duplas juntas no BTC
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Esse é o caso das irmãs Kichenok. Ucranianas, Nadiia e Luydmyla Kichenok jogarão o torneio de duplas da Olimpíada e vieram para o BTC para se preparar para os Jogos.
– Quando soubemos que estaríamos no Rio de Janeiro, corremos para nos inscrever para Brasil Tennis Cup. Estivemos aqui em 2014 e gostamos muito – explica Nadiia.
Idênticas, as Kichenok são as segundas gêmeas a conseguir vencer juntas um título de WTA em duplas, em janeiro de 2015, no Shenzhen Open. Mas nem sempre essa intimidade é algo positivo em quadra.
– Quando você está jogando com outra atleta às vezes você não é tão sincera quanto é com a sua irmã, e isso não é sempre bom porque, às vezes, somos muito duras uma com a outra. Você viu isso no treino – disse Luydmyla, que, no treino de quinta-feira, nas quadras da FCT, discutiu mais de uma vez com a irmã, em ucraniano.
Sem medo do zika virus
Três importantes tenistas desistiram de participar da Olimpíada alegando preocupação com o zika vírus: o canadense Milos Raonic (número 7 do mundo), tcheco Tomas Berdych (8) e a romena Simona Halep (5). As irmãs Kichenok não parecem nadas preocupadas com o zika.
– Existem orientações do nosso comitê olímpico e vamos tomar todos os cuidados como passar repelente e sempre usar roupas limpas. Não estou preocupada com isso. São os nossos primeiros Jogos e não seria isso que nos afastaria. Além disso, desde que chegamos ao Brasil, percebemos que a discussão do zika virus é algo muito mais dos atletas de fora e que não influência nada quem é daqui – disse Luydmyla.
A felicidade por estar nos jogos foi gigante e não seria o zika que tiraria as ucranianas dos Jogos.
– Eu estava jogando duplas em um torneio e acabei perdendo, saí de quadra e minha irmã me avisou que estávamos classificadas para o Rio de Janeiro. Comecei a pular e comorar, foi uma cena engraçada porque tinha sido eliminada há poucos minutos – conta Nadiia.
Apesar do BTC distribuir pontos no ranking da WTA e dinheiro em premiação, não há dúvidas de que o Rio 2016 será tema recorrente durante os sete dias de disputa do torneio, que começará neste sábado com os jogos de qualifying – que serve para classificar atletas para a chave principal do torneio. Quem quiser assistir pode trocar seu ingresso por dois quilos de alimentos não perecíveis nas bilheterias do campeonato.
Chance de ver atletas como Jankovic, que foi número 1 do mundo em 2008, e também Teliana Pereira, melhor atleta brasileira na modalidade e que disputará não só a chave de simples da Olimpíada como também de duplas, ao lado de Paula Gonçalves – que também está no BTC – e duplas mistas com Marcelo Melo ou Bruno Soares.
Simples
Brasil: Teliana Pereira
Sérvia: Jelena Jankovic
Cazaquistão: Yulia Putintseva
Romênia: Irina-Camelia Begu e Monica Niculescu
França: Caroline Garcia
Letônia: Jelena Ostapenko
Porto Rico: Monica Puig
Hungria: Timea Babos
Japão: Nao Hibino
Paraguai: Veronica Cepeda Royg
Duplas
Brasil: Teliana Pereira e Paula Gonçalves
Sérvia: Jelena Jankovic
Romênia: Irina-Camelia Begu e Monica Niculescu
França: Caroline Garcia
Hungria: Timea Babos e Reka-Luca Jani
Ucrânia: Olga Savchuk, Lyudmyla Kichenok e Nadiia Kichenok