Entendo o Argel. É difícil montar um time quando não se conta com muitas alternativas do meio para a frente. Se é verdade que a formação com três volantes remete à ideia de que o nosso poder ofensivo ficará fragilizado, também temos de saber que é o que temos e podemos no momento.
Parece ter sido uma "bola fora" contratar jogadores que sabidamente não poderiam atuar em um curto espaço de tempo. Certo é que a diretoria deveria ter considerado a hipótese, não tão remota assim, de que defecções por lesão ou suspensão agravariam muito o problema de elenco. Dou como exemplo a lesão de Anderson, que está gerando este impasse na escalação do Colorado. Pelo que tenho observado, apenas Andrigo e Anderson estão sendo considerados titulares do meio-campo avançado. Não se cogita que atuem, desde o início dos jogos, atletas como Alisson Farias, Gustavo Ferrareis e Marquinhos, por exemplo.
Prefere-se sacrificar a possibilidade de enfrentar com mais ambição jogos difíceis do que experimentar outras possibilidades. Continuaremos na política do empate? Iremos ao Morumbi no próximo domingo torcendo muito para que o Inter faça uma partida de exceção e que a estratégia com os três volantes, dois armadores e um atacante seja eficaz.
Tá complicado
Enfim, vamos para as sete ou oito próximas rodadas do Brasileirão com a dúvida instalada em nossas cabeças. Esperando boas respostas de Anselmo, recuperações de Anderson, Dourado e Valdívia, a chegada de Seijas, Ariel e novas contratações que possam vir. Mas eu entendo o Argel. Tá complicado.
*Diário Gaúcho