Não foi a temporada que o torcedor alvirrubro esperava. Na última rodada da primeira fase, diante da sua apaixonada torcida, o clube brigava para não ser rebaixado. Objetivo que foi concluído com êxito. Passada a Divisão de Acesso, é hora de fazer um balanço. E, apesar dos percalços, nem tudo é lamentação.
Em seu terceiro ano lutando para quitar as dívidas trabalhistas do clube, a diretoria do Inter-SM, capitaneada pelo seu presidente, Heriberto Marquetto, afirma que já pagou mais de R$ 1 milhão, o que corresponde a cerca de 60 negociações de um total de 68. Trabalho a longo prazo que vem retomando a credibilidade do clube junto ao mercado, dizem jogadores e empresários.
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– Inicialmente, tínhamos uma previsão de quitar as dívidas trabalhistas em 2017. Mas vamos avançar até 2018, muito em função da crise financeira. Em dois anos e quatro meses, já pagamos mais de R$ 1 milhão de dívidas trabalhistas. Hoje, o Inter-SM tem, no máximo, oito que ainda não foram negociadas. Essas oito dívidas correspondem a cerca de R$ 400 mil. O valor original não corrigido das dívidas trabalhistas em 2014 superava os R$ 3,5 milhões. Com as negociações feitas, vamos conseguir fechar em aproximadamente R$ 1,7 milhão – comentou Marquetto.
Apesar das duas trocas de técnicos na temporada – o time começou sob o comando de Neneca, passou para Feliciano Corrêa e, por último, para Thiago Costa –, Marquetto classifica a demora na liberação do Estádio Presidente Vargas como o principal problema enfrentado nesta Divisão de Acesso:
– O que mais nos prejudicou foi a interdição do estádio. Jogamos nove partidas seguidas fora de casa. O nosso time era bom – garante Marquetto, que termina seu terceiro ano de mandato em outubro, quando serão convocadas novas eleições.
Sobre o próximo ano, Marquetto prefere manter a cautela. Porém, ele dá uma esperança a curto prazo ao torcedor:
– Nos últimos dois anos, era apenas uma vaga (para o Gauchão). Não tínhamos motivos para investir e deixar de pagar as contas. Quando o Inter-SM voltar com as contas limpas, aí, sim, vai ter condições de fazer uma equipe para brigar para subir. Tenho certeza que, a partir de 2018, o cenário vai mudar, e vamos começar a investir em um time forte.