Um puro-sangue inglês ganhou o status de estrela ao vencer seu primeiro páreo no Hipódromo Cristal na quinta-feira. Além de render uma premiação de R$ 2,8 mil aos donos, o cavalo Frank Lloyd, de Luiz Carlos Silveira Martins, o Cacalo, e Adroaldo Guerra Filho, o Guerrinha, comentaristas do Sala de Redação, ainda colocou o apresentador Pedro Ernesto Denardin em uma saia justa.
O âncora do Sala prometeu correr pelado pela Rua da Praia, no Centro da Capital, caso o cavalo dos amigos levasse o páreo. Para o azar de Denardin, Lloyd desencantou.
– O Frank Lloyd nunca ganhou nada. Logo agora ele resolveu ganhar? É estranho. Ainda acho que ele estava dopado. Entrei com o meu departamento jurídico e ele fechou o animal lá para resolvermos! Pedi para um laboratório colher o sangue para ver se o cavalo estava dopado (risos). Se não se confirmar, tiro a roupa no Centro de Porto Alegre – diz Denardin.
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Com quatro anos de idade e cerca de 500 quilos, Lloyd se dá melhor na grama - tanto que já havia vencido um páreo na Gávea, no Rio de Janeiro. Na pista do Cristal, que é de areia, o cavalo sentia mais dificuldades. Por sua característica, conforme contam os donos, a largada é mais lenta. Mas, nos 200 metros finais da pista de 1,6km do Cristal, veio a arrancada da vitória.
– Ele sempre aparece, se coloca muito bem. Já tinha feito dois segundos lugares aqui _ conta Guerrinha. – Na quinta-feira, nós estávamos ressabiados. Mas, no final, prendi o berro e foi uma gritaria que tu nem imagina. Agora, ele é o cavalo mais famoso do país – derrete-se Cacalo.
A dupla ganhou Frank Lloyd de presente do criador Aloísio Ribeiro em novembro de 2014. Foi Ribeiro, inclusive, que batizou o cavalo. Segundo Guerrinha, o nome seria inspirado em um ator inglês.
Desde então, o cavalo nascido em Bagé é mantido nas estrebarias do Cristal. É cuidado como um filho pelo treinador Neymar Canute, 76 anos. A alimentação é à base de cenoura e alfafa. Mas sua principal preocupação é deixar Lloyd, literalmente, na ponta dos cascos. Os treinos são diários.
– O Neymar é nosso Roger Machado – brinca Cacalo. – Gostamos tanto do cavalo, que nem namorada ele tem – sorri Guerrinha.
Outra preocupação é tirar, ao máximo, o stress de Lloyd. As estratégias, conta Guerrinha, são muitas. Com outro de seus cavalos, chegou até a colocar um espelho na estrebaria para fazê-lo correr mais. Ao pensar que estava acompanhado, o equino ficava mais tranquilo para correr no páreo.
– Cavalo vira membro da família mesmo. A gente precisa sempre descobrir o que ele tem. Se tem dor, fome, está cansado. É uma relação de pai para filho – conta Guerrinha.
*ZH ESPORTES