Antônio Carlos Zago trocou o semblante sisudo, costumeiro antes e até depois dos jogos, pela alegria estampada no rosto. Não podia ser diferente. O cara que implantou uma nova filosofia no Juventude, com rodízio de jogadores no início do campeonato e uma forma moderna de jogar aprendida na Europa, quer mais. O sufoco deste domingo diante do Grêmio, na Arena, era parte do roteiro.
– Quando tomamos o segundo gol, fiquei pensativo ali no campo. Mas acreditei que faríamos um gol porque marcamos em todos os jogos fora de casa ou em quase todos. A esperança é a última que morre, não podíamos desistir. Sabíamos que seria difícil, mas não deixamos de acreditar.
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O duelo contra mais um gigante do futebol brasileiro não assusta. Zago fez questão de exaltar o feito contra o Grêmio e a possibilidade de um outro maior contra o Inter:
– Eliminamos uma das grandes equipes do Brasil. Conquistar o título vai ser muito importante para a minha carreira, para o clube, para a cidade de Caxias do Sul, para o Interior do Estado.
O momento mágico do Ju é vivido por todos. Dos funcionários mais humildes, que no ano passado ficaram meses sem receber salário, ao presidente que aceitou assumir a bronca quando tudo parecia desfavorável. E Zago não esqueceu de ninguém na comemoração:
– Temos que creditar um pouco de tudo que está acontecendo à diretoria. No ano passado, estávamos quatro meses de salários atrasados. Pagamos pelos erros e faltou um gol para nos classificarmos às quartas da Série C. Agora, é vida nova dentro do clube. Mantivemos a base do ano passado, apostamos em lançar os meninos, e agora nos classificamos por um gol.
*PIONEIRO