Seis pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público em razão de queda de um guindaste nas obras da Arena Corinthians que vitimou dois funcionários em novembro de 2013, poucos meses antes da entrega do estádio para a Copa do Mundo. Entre os indiciados estão quatro funcionários da construtora Odebrecht (os engenheiros Frederico Barbosa e Márcio Wermenlinger, o técnico Gilson Guardia e o encarregado Valentim Valeretto) e mais dois da Locar, a empresa terceirizada responsável pela operação dos guindastes (Walter Joaquim, operador, e Leanderson Dias, supervisor).
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O Ministério Público denunciou os seis funcionários por causarem o desabamento do guindaste que matou Ronaldo Oliveira dos Santos e Fábio Luiz Pereira durante as obras da Arena Corinthians e a Justiça deu início à ação penal que pode resultar em pena de um a quatro anos de reclusão.
Uma perícia do Instituto de Criminalística apontou que uma falha no nivelamento do terreno causou o tombamento do guindaste que levantava a última peça da cobertura metálica da Arena. O laudo ainda reforçou que não houve qualquer defeito no equipamento responsável pela operação.
Acusados e testemunhas da ação penal começarão a ser ouvidos nesta quarta-feira.
A Locar enviou uma nota oficial sobre o caso:
"A Locar Guindastes e Transportes Intermodais informa que há dois laudos conclusivos que demonstram ter sido o solo a causa do desabamento ocorrido em 27 de Novembro de 2013, na Arena Corinthians.
Tais laudos, do Instituto de Pesquisas e Tecnologia (IPT) e do Instituto de Criminalística da Polícia Científica de São Paulo (IC), têm conteúdo e conclusões irrefutáveis e anulam argumentações em contrário."
*LANCEPRESS