O empresário Ricardo Machado Soares, 48 anos, criou uma nova forma de remar e apreciar a natureza em Santa Maria. A partir de canos de esgoto, ele inventou uma embarcação artesanal, que pode ser utilizada para as práticas da canoagem e do stand-up paddle (SUP).
Regularmente, na barragem do DNOS, no bairro Campestre do Menino Deus, criador e criatura entram nas águas em frente à sede da Associação Santa-Mariense de Esportes Náuticos (Asena).
- Vou à barragem em quase todos os finais de semana. Minha namorada (Rita Franchi da Silva) queria um stand-up, e eu queria um caiaque para a canoagem. Por isso, consegui unir os dois em um - comenta Soares, que é dono de uma academia de ginástica e ainda não sabe se irá comercializar a engenhoca.
O custo para criar uma embarcação desse tipo gira em torno de R$ 850. O preço é referente, exclusivamente, aos materiais utilizados para montar o equipamento, que ainda não foi batizado, mas, conforme denominações do próprio criador, pode ser chamado de catamarã-caiaque-standart.
- Não é uma BMW, mas pode chegar a uma velocidade de até 7 km/h. É uma embarcação muito segura. Acho que é mais segura que o próprio caiaque - diz o criador da embarcação.
A iniciativa agradou tanto que até a mãe de Soares, dona Maria Luiza Soares, 72 anos, aderiu ao esporte.
- É ótimo. Quanto mais tu remas, mais queres remar. É muito leve e não tem perigo nenhum - garante dona Maria Luiza.
Os materiais utilizados para fazer a engenhoca são canos de PVC de 20 cm de diâmetro, madeiras de piscina tratadas, braçadeiras de náilon, válvula de motocicleta e um tampão para não deixar o ar escapar.