O empate em 2 a 2 com o Paraguai, nesta terça-feira, deixou a Seleção Brasileira na sexta colocação das Eliminatórias – e, portanto, fora da zona de classificação à Copa do Mundo de 2018 após seis rodadas. Mas, para Dunga, o saldo do jogo no Defensores del Chaco é positivo: o técnico destacou a garra apresentada para buscar a igualdade em Assunção.
– Vocês mesmo (jornalistas) falaram que as Eliminatórias seriam difíceis. Estamos a quatro pontos dos primeiros colocados. Sabíamos que iríamos encontrar dificuldades. O jogo que tínhamos que ter feito o resultado era contra o Uruguai, em casa. Aqui, sabíamos que seria complicado. No segundo tempo, a equipe entendeu como se joga as Eliminatórias: com a bola, temos que ser técnicos. Sem a bola, mais viris. Eu já tinha dito isso, mas alguns não entenderam, ou não quiseram entender – disse o treinador.
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Dunga ressaltou principalmente a reação na etapa final como ponto positivo.
– É uma equipe que sabe reagir, não se acomoda com nenhum resultado. Entende quando as coisas não vão bem e faz um esforço para mudar. Não temos tempo para treinar, temos que treinar nos jogos, e são estes jogos que dão a opção aos jogadores. Eles mostraram vontade de jogar na Seleção.
Apesar de ter buscado o empate, o Brasil caiu para a sexta posição na tabela com o empate. E o técnico foi obrigado a falar sobre o fato de, no momento, ser contestado pela colocação da equipe nas Eliminatórias.
– A responsabilidade é do treinador. A forma da equipe jogar também. Mas não é novidade nenhuma o treinador ser contestado: o Zagallo, tetracampeão do mundo, foi contestado por vocês. O Felipão, campeão do mundo, também. O Parreira também. Essa é a vida do treinador campeão do mundo. Eu, que não ganhei Copa, é normal ser contestado. Lógico que incomoda (o sexto lugar), mas todos nós sabíamos que ia ser equilibrado. Tanto é verdade que são quatro pontos de diferença. E a próxima é contra o líder (na verdade, o vice-líder, Equador, dia 2 de setembro, em Quito).
Dunga, por fim, explicou a sua opção tática no final da partida, tirando Fernandinho e Luiz Gustavo e mantendo apenas meias e atacantes em campo.
– Quando você fala em tática, nos pequenos jogos, nos treinos, você posiciona os jogadores. Vai dando entrosamento natural. E todos eles já jogaram ali: o Douglas, o Lucas Lima, em algum momento já jogaram. Isso é criatividade – completou o técnico.
*ZHESPORTES