Muito da ascensão do futebol chinês tem a ver com o governo. O presidente do país, Xi Jinping, no cargo desde 2013, é um apaixonado pelo esporte. E essa paixão motivou os incentivos às empresas para fortalecer os clubes. Assim, os 16 representantes da primeira divisão são controlados por empresários endinheirados prontos para agradar ao presidente e fortalecer a bola. Em troca, ganham, do estado, benefícios fiscais, concessões e até mesmo áreas fisicas para construir, no caso das empreiteiras.
A liga permite a inscrição de até cinco jogadores estrangeiros por time, abrindo mais uma vaga se um deles for asiático. O goleiros precisam ser, necessariamente, chinses. Isso prova que o objetivo da Liga não é o mesmo da Índia, por exemplo, que contrata jogadores consagrados, mas em fim de carreira, mirando mais a exibição. Na China, a ideia é também formar. Para isso, conta com técnicos experientes, como Felipão, Mano Menezes e Sven Goran Eriksson - e já teve Marcello Lippi, Fabio Cannavaro e Cuca. Além de treinar o time, são importantes orientadores para os ainda inexperientes chineses.
Além da influência dos treinadores, o governo obrigou as escolas a incluir o futebol no currículo. Mira instalar milhares de campos pelo país, para saltar dos cerca de 30 mil jogadores registrados para 100 mil até o fim do ano que vem (o Brasil tem algo como 1,5 milhão). Segunda maior medalhista na última Olimpíada, a China quer ser potência no futebol. Atualmente, ocupa o 82º lugar no ranking da Fifa. O presidente quer ver seu país campeão de uma Copa do Mundo.
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