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O Juventude aposta alto em sua categoria de base para sobreviver entre os grandes. O clube é reconhecido como formador no mercado. A prova estará em campo na noite desta quarta-feira, contra o Sport, pela Copa SP. O plano, a partir de agora, é fazer com que os guris feitos no Alfredo Jaconi deixem mais dinheiro no caixa.
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O novo presidente do clube, o empresário do ramo de combustíveis Roberto Tonietto, mudará a estratégia em relação ao mercado. Até agora, o Juventude vendia seus guris mais promissores muitas vezes antes de virarem juniores. A meta é maturá-los o máximo possível, promovê-los aos profissionais e só depois partir para a venda.
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Assim, espera Tonietto, aumentará a receita com as transações. O orçamento deste ano previu corte de 20% em todas as áreas. Essa medida, além da renegociação do passivo, permitirá à direção passar o ano sem vender suas joias.
O grupo para o Gauchão terá 60% dos jogadores feitos em casa. O volante Sananduva e o atacante Dionas Bruno, destaques na Copa SP, serão promovidos. O lateral-esquerdo Alan Rodrigues e o meia Cadu estão bem cotados.
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O Juventude já abriu conversas com clubes do Exterior para firmar uma parceria. A ideia é de que aporte recursos que permitirão tornar o CT em local de excelência em troca de percentuais de jovens jogadores.
O acordo, projeta o presidente Roberto Tonietto, permitiria ainda colocar os guris em mercados de grande vitrina e faturar mais alto em possíveis vendas. O dirigente não descarta também parceria com algum grande clube do Brasil.
A estratégia é parecida à adotada com Alex Telles, que brilhou no Grêmio e foi vendido ao Galatasaray. Aliás, o clube acompanha com atenção o fim do contrato de empréstimo do jogador à Inter de Milão, no dia 31. Se os italianos exercerem o direito de compra, o Juventude embolsará entre 3% e 4% da transação.
Com tantos jogadores formados no Jaconi espalhados pelo mundo, o clube contratou um escritório de Porto Alegre para acompanhar o mercado e reivindicar os percentuais pela formação previstos pela Fifa através do Mecanismo de Solidariedade. "Com frequência, pingam 10 mil euros, 20 mil euros, na nossa conta pela formação", conta o presidente.